Decerto Seguro não lê o
que escrevo. Mas nem precisa, porque sabe que esta sua recusa de participar nos
cortes na despesa do Estado que Passos Coelho que fazer no valor de 4,5 mil
milhões de euros, não tem paralelo na política do seu amigo Hollande que, na
França que governa, pretende reduzir o défice francês com um plano de cortes na
despesa do Estado em 60 mil milhões de euros nos próximos cinco anos e aumentos
nos impostos 20 mil milhões de euros.
Obviamente que não sei o
que Hollande vai cortar, mas lenha é que não é. E onde poderá ser? Na educação,
na saúde, nas despesas da função pública, e3m subsídios e pensões, em flores, em jantares… em que será?
E vai aumentar os
impostos? Claro que vai e, por isso, torná-los mais elevados, talvez quase da
ordem dos que nós pagamos. É que, por este andar, a “crise” chega a todos.
Numa breve conta com base
na razão população francesa/população portuguesa, da ordem de 6,5, eu diria que
o corte de Passos em Portugal corresponde a um corte de menos de 30 mil milhões
em França, menos de metade do que Hollande se propõe fazer. Isto no que a
cortes se refere, porque há, ainda, uma aumento de 20 mil milhões em impostos o
que corresponde a um pouco mais de 300 euros por habitante! Não me parece pouco…
Daí que a “ironia” do
ministro francês do trabalho, Michel Sapin, ao dizer que “a França está totalmente falida”, me não pareça tão desproporcionada
como pode parecer e as reacções afirmaram.
Quem diria que a grande
França algum dia teria de fazer o que Hollande se propõe fazer, que a poderosa
Alemanha entraria em recessão, os Estados Unidos teriam de imprimir dolares
todos os dias, a China veria o seu crescimento reduzido a um terço do esperado
apesar do seu reduzido PIB per capita e outras tantas coisas que se passam por
esse mundo que, disse um dos vice-presidentes do banco Mundial, poderia entrar
numa fase de falência…
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