ACORDO ORTOGRÁFICO

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quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

UMA “INCOMPREENSÍVEL FORMA DE JULGAR”

O acórdão do tribunal de Primeira Instância que julgou e, praticamente, absolveu os elementos que constituíram o famoso “gang do Multibanco”, resumindo a sua condenação a dois anos e meio de prisão para um dos seus membros, foi duramente criticado pelo Tribunal da Relação que, por isso, mandou repetir o julgamento dos que, em pouco mais de dois anos, roubaram cerca de dois milhões em caixas ATM.
Apraz-me verificar que, nos seus comentários, o Tribunal da Relação se interroga “onde está, neste caso, a justiça que a Sociedade pretende e ao serviço da qual, supostamente, foram postas as leis?”.
Para além de todas as críticas, o TR considera a anterior decisão como “corrosiva para a imagem da Justiça”.
Poderia transferir o entendimento deste TR para diversos outros casos em que, também, se não terá feito a justiça que se esperaria que o fosse.
Estes juízes da Relação devem sentir bem como a Justiça está desqualificada em Portugal, onde acontecem as coisas mais estranhas que a Sociedade – a tal ao serviço da qual a Justiça supostamente está – não compreende e condena.
Bom seria que esta atitude marcasse uma mudança num estado de coisas alarmante em que a Justiça vezes demais se não faz em nome do Povo, como o deveria ser, mas sim em nome dos que conduzem os julgamentos e ditam as sentenças e, cometam os erros que cometerem, são inimputáveis.
Justiça rápida e confiável, na qual a Sociedade se reveja pelos valores que defende, é aquela de que necessitamos para fazer o país progredir.

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