ACORDO ORTOGRÁFICO

O autor dos textos deste jornal declara que NÃO aderiu ao Acordo Ortográfico e, por isso, continua a adoptar o anterior modo de escrever.

domingo, 31 de março de 2013

HONNI SOIT…



Como demonstração de um espírito de cooperação entre as duas Coreias, foi construído, em 2004, o complexo industrial de Kaesong, situado junto à fronteira comum mas cerca de 10 km dentro da Coreia do Norte.
Dizem que Kaesong foi escolhido para combinar a tecnologia e experiência da Coreia do Sul com a gestão a baixo custo da Coreia do Norte, penso que uma forma subtil de dizer “conjugar a tecnologia de uma com a exploração de mão de obra da outra…
Obviamente, não há um pingo de vergonha em tudo isto.
Ou serei eu um mal pensante das boas intenções dos outros?

MAIS UMA BIRRA DOS KIM

Apesar da situação económica catastrófica do país e das fomes e miséria profunda a que o povo coreano se sujeita, uma elite de militares belicosos exige do mundo a ajuda alimentar e financeira de que necessita para manter as aparências e continuar a desenvolver o seu arsenal atómico com o qual ameaça quem lha não queira prestar. Por isso diz tê-lo em posição de ataque, pronto a ser usado porque alguém quiz castigar os seus abusos.
Mas todos sabemos que uma guerra atómica será, sempre, uma guerra mundial que afectará tudo e todos, porque as nuvens contaminadas que causar não reconhecerão fronteiras, amigos ou inimigos, seres humanos, plantas ou outros animais.
A acontecer, seria mais uma tragédia, quem sabe se a maior de quantas a Humanidade já viu.
Há muito que sabemos qual é o mais vulgar destino de tantas ajudas que, sobretudo, a China e a Coreia do Sul lhe entregam, as quais engordam os monstros que subjugam o povo e ameaçam o mundo e, por isso, em vez de alimentados, deveriam ser banidos da face da Terra onde a paz e a cooperação são hoje mais necessárias do que nunca.
Não respeita a China os direitos humanos na sua própria casa. Porque haverão de lhe importar o que se passe na casa dos outros? Não lhe convirá este “amigo” dedicado e louco que ameace o mundo por si, enquanto este lhe compra a má qualidade que produz com a dor de muitos inocentes?
Deveria, a Coreia do Sul, fazer frente aos gordos Kim em vez de lhes pagar o tributo de uma paz constantemente ameaçada. Mas prefere pagar a quem constantemente a ameaça, engordar os porcos que, permanentemente, lhe descarregam em cima as porcarias que fazem e mantêm milhões e milhões de coreanos sujeitos a uma vida de miséria atroz.
Hipocrisias que o Mundo consente e as Nações Unidas, a instituição do "veto", não têm coragem para lhes por fim.
E, na melhor das hipóteses, tudo acabará, uma vez mais, no apaziguamento da birra de um puto gordo e feio que bate o pé e faz tremer o mundo inteiro. Que mundo que consente que um tarado o ameace porque teme a sua loucura que, de birra em birra, vai tornando maior e mais apetrechada a sua força para ser levada a sério. Até um dia que...

sábado, 30 de março de 2013

DEMISSÃO OU REMODELAÇÃO?



Está o país suspenso de uma decisão que parece já demorar mais do que seria desejável.
Esta demora do Tribunal Constitucional na publicação do seu veredicto, faz-me crer que grandes discussões terá gerado uma decisão que, seja qual for, agitará o país e terá consequências que só depois se saberão quais sejam.
Uma coisa já me parece certa, a de que o TC não aprovará a totalidade do Orçamento, apenas se não sabendo qual ou quais os artigos que deixarão de estar em vigor.
Disso dependerá, quem sabe, o estalar ou não de uma crise política que poderá lançar o país no caos e, até já se fala, a demissão do Governo.
Mas não creio que fosse esta a forma desejada por Seguro para a tomada de poder que tanto anseia, porque lhe deixaria nas mãos o berbicacho de resolver problemas para os quais o seu “socialismo” não tem soluções seguras.
Outra coisa de que se fala é a remodelação do governo no qual, contudo, continuariam os que a maioria de nós gostaria de esquecer. Que remodelação seria esta como alternativa a uma demissão que a decisão do TC faça acontecer?
Passos ainda não encontrou o rumo, o ritmo nem o tom certos para conquistar a confiança do povo que, naturalmente, prefere acreditar em quem lhe prometa menos austeridade, mesmo até uma vida que o país não pode ter.
Gaspar ainda não se deu conta de que as contas a fazer são outras, em condições que tornaram obsoletas as teorias que lhe dão crédito junto do ministro das finanças alemão cujos objectivos não são (penso que Gaspar ainda o não notou) os mesmos que os que mais interessam a Portugal.
Relvas, a estrela política da companhia, tem dado um espectáculo do mais baixo nível, cujos efeitos devem ser os opostos aos que se esperariam da “eminência parda” do Governo.
Que raio de remodelação fará Passos Coelho, se alguma fizer?

O CICLO DO DISPARATE



Os políticos, por seu turno, refugiam-se em questões sem sentido do verdadeiro bem comum e o sistema bancário, depois de ter imposto a tirania de consumos desnecessários para atingir metas lucrativas, hoje condiciona o crédito justo às jovens famílias portuguesas, com taxas abusivas que dificultam o acesso a uma qualidade de vida com dignidade”…
É um pequeno trecho de uma homilía de D Jorge Ortiga, Arcebispo de Braga que, neste tempo de Páscoa, critica os maiores culpados de uma situação que já é tragédia para muita gente e, porventura o será para muita mais que, a cada dia, sente bater-lhe à porta a austeridade que o tempo vai fazendo mais dura.
É uma praga que se vai instalando em toda a Europa e em todo o mundo que, num estertor penoso, tenta resistir a um mal que, pela via que segue, não tem cura.
Os culpados são aqueles mesmos a quem confiámos o governo do nosso país e nos impõem o pagamento dos serviços que, afinal, nos não prestam com sentido de humanidade ou de bem comum. São aqueles a quem confiámos o nosso dinheiro e com ele brincaram aos jogos da D Branca para no-lo fazer diminuir em vez de crescer como nos prometeram que cresceria.
Ou os culpados seremos nós que, ingénuos, lhes permitimos que fizessem tudo isso, embalados no sonho de uma democracia que, de vez, nos salvaria dos monstros que nos sugavam o sangue? Uma democracia que, diziam-nos, tinha soluções para tudo, mas não conseguem encontra-las porque se preocupa mais com as conquistas de poder do que com o esforço que deveria fazer para nos proporcionar uma vida menos atormentada.
Estamos dominados por poderes que se mantêm ou se revezam num ciclo de disparates que, ainda se não deram conta, os fará vítimas também.

sexta-feira, 29 de março de 2013

SEMPRE A ABRIR


É assim que um jornal desportivo, no caso o Record, descreve estes primeiros dias de Bruno de Carvalho após as eleições, ao longo dos quais fez o que havia para fazer, mas ao seu jeito, a um tempo afável e determinado.
Até aqui nada de especial, porque sempre foi assim que o vi fazer as coisas que amadurece primeiro para, depois, executar sem hesitações.
Facilmente conquista a amizade de quem tenha o desejo sincero de o acompanhar, mas pouco se preocupa com os azedumes dos que julgam poder “fintá-lo” mas acabarão, inevitavelmente, sentados no chão! Neste aspecto, poucas dúvidas terei de que seja um dos melhores “defesas” de sempre do Sporting!
Mas todos sabemos como esta tarefa de “evitar golos” não é fácil, sobretudo quando, ao mesmo tempo, também se tenha de marcá-los!
Achei piada quando, em 2011, me disse que ia concorrer nas eleições do Sporting a que a demissão de Bettencourt deu lugar pois, como se tornou público, fui o primeiro a conhecer esse desejo de ser presidente, desde os seus seis anos de idade. Um sonho, afinal, que tinha todo o direito de tentar realizar.
Mas não senti o mesmo quando me informou de que iria candidatar-se desta vez também, ao que lhe respondi pedindo para pensar melhor ou, mesmo até, para desistir da ideia, pois não tinha dúvidas quanto à dureza dos ataques que o esperavam e, depois, ao trabalho imenso que teria pela frente e para o qual necessita do apoio de todos os sportinguistas! Para minha preocupação como pai mas satisfação como sportinguista, aconteceu a sua merecida vitória. Apesar de tudo, nunca deixou de ter o meu apoio, o mais empenhado que lhe posso dar.
No mesmo jornal, vejo os conselhos de Daniel Oliveira que, por certo, leu pelo menos parte do programa que o Bruno profundamente estudou ao longo de bastante tempo, bem como vejo a pouca esperança e as dúvidas de Moura dos Santos, talvez pouco oportunas num momento em que é a força que a esperança nos pode dar, o que mais pode contribuir para reerguer o Sporting tão rapidamente como o desejamos!
Nunca o faremos com dúvidas mas com a certeza de que o Sporting é capaz.
Pela minha parte desejo expressar ao Bruno de Carvalho, presidente do Clube do meu coração, os meus mais sinceros votos de um sucesso tão grande como o que o Sporting merece e o desporto nacional tanto precisa.
FORÇA BRUNO!
FORÇA SPORTING!

quinta-feira, 28 de março de 2013

O FIM DO SILÊNCIO DE SÓCRATES



Não entendi muito bem este regresso de Sócrates à vida política portuguesa que veio trazer à liça a questão das culpas dos males de que sofremos. Um assunto mais do que analisado e esclarecido e que, por isso, já devia estar devidamente arrumado numa prateleira qualquer da História recente.
Em vez disso, agudiza-se, na discussão que gerou e vai continuar gerar, a batalha da culpabilização da qual não irá resultar qualquer solução que torne melhor esta vida que vivemos. Em vez disso, reabrem-se feridas que deviam estar já saradas. Feridas que Sócrates queria reabrir e, para tal, apenas aguardava ocasião. Como que uma desforra das humilhações que sente ter sofrido e uma explicação que possa esbater a ideia clara de ter sido a sua política despesista, ainda que não á única, a maior culpada da austeridade que se instalou.
Foi uma entrevista que nada trouxe de novo ao que se passa em Portugal, a não ser as manifestações de satisfação desmedida dos socráticos que o endeusam e mais tempo perdido na discussão global que é indispensável para reequilibrarmos as nossas vidas, para encontrarmos um novo rumo que nos afaste deste atoleiro em que chafurdamos.
O tempo de Sócrates passou e não me parece que valha a pena revive-lo porque nada de positivo trará, a não ser a recordação dos erros que cometeu para que os não repitamos.
Pelo contrário, fazer recrudescer atritos e, eventualmente, gerar confrontos que, no momento que vivemos, melhor fora que evitássemos, será uma consequência deste reaparecimento de alguém que pretende justificar um tipo de política que cada vez mais a Natureza nos diz não se pode repetir.
Mas as audiências, mesmo na televisão oficial que todos pagamos, ditaram o que nenhum de nós esperava, a não ser os que, na sombra, trabalharam para que acontecesse, fosse para facultar ao seu “chefe” momentos de redenção ou para tentarem redominar o PS, onde a sua “fidelíssima ala” nunca desapareceu.
Não vi, em tudo o que tenha dito, alguma coisa que pudesse ajudar a criar condições para um futuro melhor porque, de futuro, nada Sócrates parece saber. Poderia Sócrates ter-se constituído a oposição que, por cá, não tem havido, mas nem um arremedo disso fez. Nem mesmo quando se resguarda no seguimento que fez da política despesista que a Europa parecia ter eleito como solução lhe posso dar razão, porque não pode merecer-me encómios o disparate de copiar os erros que outros façam.
Fico a pensar que foi mais uma daquelas iniciativas que se não enquadram no esfoço que deveríamos fazer para mudar de vida! Definitivamente.
Estamos a ficar uma país muito estranho...