ACORDO ORTOGRÁFICO

O autor dos textos deste jornal declara que NÃO aderiu ao Acordo Ortográfico e, por isso, continua a adoptar o anterior modo de escrever.

segunda-feira, 11 de março de 2013

DESEMPREGO JOVEM, QUE FUTURO?



Há já bastante tempo que a falta de empregos se faz notar, como seria natural que um dia acontecesse.
Concorrem para isso factores diversos, para os quais os mais atentos têm vindo a alertar desde há dezenas de anos. O que esses observadores dizem há muito tempo é fruto da análise das alterações que o nosso cada vez mais acelerado e excessivamente consumptivo modo de viver não pode deixar de causar num meio que o não suporta.
Além disso, são diversos os efeitos que esta economia excessivamente ambiciosa provoca tanto no meio natural como no meio social onde os comportamentos e as exigências competitivas alteraram profundamente a pirâmide etária cuja base se estreita perigosamente nos chamados países economicamente evoluídos.
É duro de dizer e ainda pior de suportar a ideia de que, depois de um curto período de excessos, à escala da Humanidade, mas bastantes para exaurir muitos recursos naturais, aproximamo-nos do fim de um caminho de facilidades para entrar numa vereda escarpada e cheia de dificuldades que cada um terá de subir mobilizando as suas próprias forças e imaginação.
A prova está na fome que a escassez e a falta de empregos causam, sendo o desemprego um fenómeno transversal que afecta todos e tira perspectivas de futuro aos jovens que não conseguem, sequer, o seu primeiro emprego.
Na Europa, o “velho continente” onde o Estado Social teve o seu berço, é crítica a sorte desta gente que tem dificuldade em encarar o futuro com esperança.
Entre os jovens (dos 15 aos 24 anos), o desemprego subiu para 23,6% na UE e para 24,2% no espaço dos países da moeda única. Na Grécia, em Novembro último, o nível de desemprego jovem subiu para 59,4% enquanto em Espanha a taxa estava, em Janeiro, nos 55,5%, em Itália nos 38,7% e em Portugal nos 38,6%, conforme o gabinete de estatísticas Eurostat.
Não me parece, pelo que esta situação revela, que emigrar dentro da Europa seja verdadeira solução para o desemprego jovem. Quanto ao resto do mundo, não me parece que a situação que se caracteriza pela redução do crescimento económico nas economias que ultimamente mais cresceram tenda a melhorar.
Parece, pois, urgente, mudar de caminho.

Sem comentários:

Enviar um comentário