Está o país suspenso de
uma decisão que parece já demorar mais do que seria desejável.
Esta demora do Tribunal
Constitucional na publicação do seu veredicto, faz-me crer que grandes
discussões terá gerado uma decisão que, seja qual for, agitará o país e terá
consequências que só depois se saberão quais sejam.
Uma coisa já me parece
certa, a de que o TC não aprovará a totalidade do Orçamento, apenas se não
sabendo qual ou quais os artigos que deixarão de estar em vigor.
Disso dependerá, quem
sabe, o estalar ou não de uma crise política que poderá lançar o país no caos e,
até já se fala, a demissão do Governo.
Mas não creio que fosse
esta a forma desejada por Seguro para a tomada de poder que tanto anseia,
porque lhe deixaria nas mãos o berbicacho de resolver problemas para os quais o
seu “socialismo” não tem soluções seguras.
Outra coisa de que se fala
é a remodelação do governo no qual, contudo, continuariam os que a maioria de
nós gostaria de esquecer. Que remodelação seria esta como alternativa a uma
demissão que a decisão do TC faça acontecer?
Passos ainda não encontrou
o rumo, o ritmo nem o tom certos para conquistar a confiança do povo que,
naturalmente, prefere acreditar em quem lhe prometa menos austeridade, mesmo
até uma vida que o país não pode ter.
Gaspar ainda não se deu
conta de que as contas a fazer são outras, em condições que tornaram obsoletas
as teorias que lhe dão crédito junto do ministro das finanças alemão cujos
objectivos não são (penso que Gaspar ainda o não notou) os mesmos que os que
mais interessam a Portugal.
Relvas, a estrela política
da companhia, tem dado um espectáculo do mais baixo nível, cujos efeitos devem
ser os opostos aos que se esperariam da “eminência parda” do Governo.
Que raio de remodelação
fará Passos Coelho, se alguma fizer?
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