ACORDO ORTOGRÁFICO

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sábado, 16 de março de 2013

UM UMBIGO DO TAMANHO DO MUNDO



Achar piada ao Alberto João é uma coisa que aquela figura toscamente inconfundível até pode justificar, mas considerá-lo um político e, para além disso, o “pai da Madeira” é outra coisa que nenhuma análise séria sustentaria.
Mais parecido com um catavento que muda de posição com a rapidez das rajadas, tenham elas a direcção que tiverem, Alberto João tem um umbigo do tamanho do mundo, para além do qual julga não haver mais nada.
Muitas vezes me pergunto se este homem tem verdadeiros amigos ou, pelo contrário, tem amigos do que representa e das vantagens que o seu programa de governo lhes possa trazer. Mas não sei responder, por mais que a resposta me pareça óbvia.
Um político saberia como se comportar em tempos com a gravidade dos que vivemos, teria as atitudes próprias de quem nada tem a temer, como diz, nem renegaria fidelidades que, em outras circunstâncias, jurou.
É, perece-me, o que de mais parecido talvez haja com um oportunista que, a cada momento, agita a bandeira que mais lhe convém, faz o discurso que a situação mais recomenda e trata por insultos o que devia merecer-lhe respeito.
Ainda, nem sequer, entendeu a separação de poderes que fazem diferente do que agora renega, apoiando a demissão do governo, aquele que o investiga e talvez o condene pelos erros que tenha cometido.
Mas, neste país em que tantos erros passam sem reparo e tantos males são feitos sem condenação, qualquer Alberto João pode parecer um rei aos olhos dos que o seu modo de governar possa parecer benéfico, seja a razão qual for.
Enfim, é um personagem que me desagrada, o tipo de pessoa que eu não gostaria de ser.

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