Tenho todo o respeito pelo
Dr Daniel Bessa e até estou tentado a sublinhar a ideia de que “Estamos todos no país a tentar evitar o
momento final do anúncio ao mundo da bancarrota e do incumprimento”.
Quantas vezes eu tenho
registado aqui duas ideias essenciais neste momento da vida do mundo:
- A situação que vivemos é
o resultado inevitável de quem se esqueceu de que os recursos naturais são
finitos e a consequência de ultrapassarmos a capacidade de suporte do planeta,
excedendo os seus ritmos naturais e delapidando as reservas acumuladas ao longo
de muitos milhões de anos;
- A solução não será,
jamais, restaurar os níveis de consumo que antes alcançámos, porque a Terra
apenas dá, mesmo ao Homem, de modo perene, o necessário para viver.
Para além disto terei de
dizer ao Dr Bessa que a nossa situação não é pior do que a da maioria dos
países do mundo e que até os mais ricos se verão um dia, também, na mesma iminência em
que estamos nós agora.
Será a qualidade de vida
média nas economias emergentes, as únicas que, decrescendo, ainda crescem,
melhor do que a que temos em Portugal?
Finalmente, o que
acrescentaria o PS a qualquer governo se não entende as grandes questões do nosso
tempo nem consegue equacionar os problemas que representam? A ideia que tem de
ser possível voltar a gastar ainda mais?
Meu caro doutor, não seria
como ir buscar água à fonte com um cesto de vime?
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