Talvez esta notícia seja
mais relevante do que possa parecer à primeira vista. “O satélite Voyager tornou-se o primeiro objeto construído pelo Homem a
ultrapassar os limites do Sistema Solar e a sair completamente da influência
dos raios solares, de acordo com a "American Geophysical Union".
Tal acontece 35 anos
depois de ter sido lançado, o que diz bem de como estamos longe de ser “viajantes
do espaço” e continuamos confinados a um espaço menor neste Universo infinito
onde procuramos encontrar as nossas origens, vida semelhante à nossa ou,
simplesmente, um planeta para onde possamos estender esta civilização que
parece já não caber no nosso quase exaurido mundo.
Na cada vez mais premente
resposta à insuficiente capacidade de suporte da Terra, o que podemos dizer é
que será muito longo o período de tempo que nos separa de qualquer
possibilidade de encontrar alternativas, outro ou outros mundos onde nos
instalarmos.
Mais provável me parece
que a Humanidade enfrente sérios problemas que podem comprometer o seu futuro
neste mundo onde, muito por sua responsabilidade, cada vez mais espécies se
extinguem, para além de uma ordem natural que nos mostra como são perecíveis
mesmo o que parecem mais fortes.
Não me conto entre os que
acreditam que o problema da capacidade de suporte da Terra é um falso problema
porque, antes de ser ultrapassada, o Homem terá já “conquistado” outros
planetas onde continuará e desenvolverá a civilização aqui começada. Antes
penso que teremos de encarar o problema de frente para evitar as tragédias a
que a nossa imoderação na utilização dos recursos naturais nos pode conduzir.
Nada ainda me levou a
modificar esta ideia que tenho de estar o Homem a errar demais na sua atitude
de arrogância perante a Natureza que nunca conseguirá dominar e que, por mais
que pensemos que não, se recomporá, em fúria, das feridas profundas que lhe
causarmos.
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