ACORDO ORTOGRÁFICO

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domingo, 3 de março de 2013

POR QUE SERÁ QUE SEGURO …

Que perigo verá Seguro na participação do PS na reforma do Estado que, já se sabe, inevitavelmente obrigará a reduzir despesas que as nossas receitas não possam suportar?
Receará ter de concordar com o inevitável ou teme deixar-se convencer por razões que não são as suas?
Penso e volto a pensar e não entendo a razão que sempre adianta que é a de não se querer ligar a um processo de destruição do Estado Social!
E é nisto que os meus receios se centram, se tornam maiores, mais temerosos porque me dá e entender não ser Seguro capaz de impor as suas razões, se as têm, no confronto com outros que parecem ter razões diferentes.
Ou, apenas, terá medo do princípio democrático de ser a discussão e o confronto de ideias o caminho para as melhores soluções?
Não vejo como sem participar poderá salvar-se da acusação de deixar destruir o Estado Social sem nada fazer para o impedir.
Aliás, nas cartas que enviou ao Presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, e à presidente do FMI Christine Lagarde, Seguro manifestou os seus receios, aqueles que aos quatro ventos apregoa, e recebeu de ambos a mesma e óbvia resposta, a de que esperam que participe na indispensável reforma do Estado, importante para o futuro do país, em vez de à margem dela se manter. A fazer campanha eleitoral, digo eu!
Falta, ainda, uma resposta às cartas que enviou. A do presidente do BCE que, quase juraria, o deverá aconselhar no mesmo sentido de participar em vez de  dificultar a reforma de que Portugal carece para ter futuro.
Se as coisas não são assim, afinal o que é democracia? Um sucessão de pequenas ditaduras em que ninguém cede ás razões que outros possam ter?
E será que poderá, na escassez a que tanta cegueira deixou que chegasse, o mundo continuar a viver de projectos de curto prazo, do faz e desfaz a que a alternância dá lugar, sobretudo quando a maior prova de afirmação é dizer que os outros estão errados e desfazer o que fizeram?

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