Não vão os tempos para que
se ponha as mãos no lume seja por quem for. Que é assim, mais mo faz crer
este caso Casa Pia que me não pareceu decorrer de modo a prestigiar muito a
Justiça Portuguesa que bem precisa de outras atitudes que lhe recuperem, pelo
menos, algum do prestígio que deveria ter, mas que há muito não tem.
Este desfecho da parte do
caso relativa à famosa casa de Elvas, leva-me a pensar que tudo terá servido
mais para “inglês ver” do que para ir fundo numa questão que, agora, se
considera resolvida porque meia dúzia de indivíduos foram condenados, apesar
das muitas contradições que aconteceram.
Pois eu fico com sérias
dúvidas sobre os resultados de uma Justiça feita assim! Mais dúvidas me ficam
ainda quando não posso crer que os problemas se reduzissem a estes que a
Justiça apreciou, pois há anos que destas peripécias se falava. Será justa uma
Justiça que deixa a questão ficar por aqui? Não será discriminatória uma
Justiça que arruma uma questão desta maneira parcial?
Será necessário chamar
aqui aquele dito plebeu de “ou há moralidade ou comem todos”?
Como ficam os que, há muito, sabiam
do que se passava com menores da Casa Pia e nada fizeram para, pelo menos,
evitar que continuasse?
Como se sentirão os que
conseguiram safar-se desta teia?
Como justificar as razões
que ilibaram outros possíveis prevaricadores de modo tão difícil de aceitar
como as que incriminaram alguns dos que acabaram condenados?
Eu sei que se não pode
confundir “fazer justiça” com o “ser verdade”, porque a verdade nem sempre se
deixa encontrar.
Mas menos se pode comparar
quando a justiça nos parece errada ou, pelo menos, imperfeita.
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