ACORDO ORTOGRÁFICO

O autor dos textos deste jornal declara que NÃO aderiu ao Acordo Ortográfico e, por isso, continua a adoptar o anterior modo de escrever.

sábado, 2 de março de 2013

É TEMPO DE MANIFESTAÇÃO



O povo, tem, sem dúvida, o direito de se manifestar contra esta austeridade que sofre! Tem o direito de pedir que se faça melhor para a tornar menos pesada e, sobretudo, exigir a solidariedade que se espera de uma Europa que afirma ser essa a razão pela qual existe.
A todos cabe a responsabilidade de manifestar o desacordo por medidas que sacrificam seres humanos como se fossem coisas que, perdidas hoje, se recuperam amanhã, neste gigantesco “jogo de monopólio” que a “economia apressada e egoísta” montou.
A Economia fechou-se em si mesma e deixou cair todos os laços que a poderiam humanizar. Caiu no ridículo mundo do “tio Patinhas” cujo prazer maior é rebolar-se no dinheiro que acumula no seu cofre recheado do que sobeja da vida miserável que leva!
Todos temos o direito de nos revoltar contra a escravidão a que os Gurus das finanças nos sujeitam em nome de valores convencionais a que não corresponde qualquer riqueza de facto. Temos o dever de lutar contra a mentira que nos espolia e faz do que, com trabalho, produzimos, o alimento dos que brincam às “bolsas”, provocam as crises e delapidam os bens naturais que cada vez se tornam mais escassos.
É certo que todos fomos cúmplices, enganados pelas atitudes que conduziram Portugal, a Europa e o Mundo a esta situação de penúria que nos vale esta vida dura que temos de viver. Mas não é culpa que se compare à dos que tiveram a arte de nos fazer entrar no seu jogo de espoliação que desumanamente nos sugou a vida e de tantos e tantos já foi coveiro.
Mas não me esqueço dos que da nossa indignação se aproveitam para melhor alcançarem os fins políticos que têm por meta.Não é a sua manifestação mas aproveitam-se dela.
Por isso apenas me associo ao povo que, serenamente, manifeste o seu desagrado, lute pelo direito de não ser mais espoliado e pretenda, em vez da vida que o perdeu, voltar ao trabalho que lhe possa dar aquilo de que necessita para viver.

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