Naturalmente,
João Salgueiro merece o meu respeito, o que não significa que tenha
de estar de acordo com tudo o que diga, com todas as soluções que
defende para superar a “crise”. De um modo geral até nem estou!
Nem com ele nem com a maioria dos economistas que ainda não
entenderam que não jogam com o baralho todo! É verdade, faltam-lhes
cartas que nem imaginam que existam. Como vão, assim, poder ganhar o
jogo?
É
certo que em tempo de guerra não se limpam armas, nem caem os
parentes na lama a quem faça o que for necessário fazer para que a
vida corra melhor, até que juristas, engenheiros, médicos,
arquitectos, sejam que for, vão limpar matas para as tornar menos
vulneráveis em tempo de incêndios...
Mas
é este um falso entendimento das coisas. É o entendimento de quem
nunca precisou da mata senão para madeira e pasta de papel. É o
entendimento de quem nem imagina o que uma mata nos pode dar, razão
pela qual não entende por que limpar matas é, agora, um custo
e não um proveito.
As
matas são uma riqueza imensa que, como bem vi na minha juventude,
davam tanto do que necessitávamos, coisas que, agora, não prestam
para nada e, por isso, por lá ficam até arder.
Que
não há falta de emprego em Portugal, como também diz Salgueiro, é
outra enormidade com que não concordo também. Ainda se ele dissesse
que há muito para fazer em Portugal...
Mas
empregos é outra coisa, é ter direitos sem as responsabilidades que
os garantam, é ter garantido um rendimento mesmo que se não mereça,
é deixar para os outros o dever de prevenir o futuro! Por isso,
empregos vão sendo coisa cada vez mais rara.
Quando
começarão a aparecer por aí a dizer a verdade, os que saqbem que o
futuro se não irá conquistar nem garantir com disparates como
estes? Que o futuro se garantirá com trabalho e não com empregos!
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