“Os políticos, por seu turno, refugiam-se em questões sem sentido do
verdadeiro bem comum e o sistema bancário, depois de ter imposto a tirania de
consumos desnecessários para atingir metas lucrativas, hoje condiciona o
crédito justo às jovens famílias portuguesas, com taxas abusivas que dificultam
o acesso a uma qualidade de vida com dignidade”…
É um pequeno trecho de uma
homilía de D Jorge Ortiga, Arcebispo de Braga que, neste tempo de Páscoa,
critica os maiores culpados de uma situação que já é tragédia para muita gente
e, porventura o será para muita mais que, a cada dia, sente bater-lhe à porta a
austeridade que o tempo vai fazendo mais dura.
É uma praga que se vai
instalando em toda a Europa e em todo o mundo que, num estertor penoso, tenta
resistir a um mal que, pela via que segue, não tem cura.
Os culpados são aqueles
mesmos a quem confiámos o governo do nosso país e nos impõem o pagamento dos
serviços que, afinal, nos não prestam com sentido de humanidade ou de bem comum.
São aqueles a quem confiámos o nosso dinheiro e com ele brincaram aos jogos da
D Branca para no-lo fazer diminuir em vez de crescer como nos prometeram que
cresceria.
Ou os culpados seremos nós
que, ingénuos, lhes permitimos que fizessem tudo isso, embalados no sonho de
uma democracia que, de vez, nos salvaria dos monstros que nos sugavam o sangue?
Uma democracia que, diziam-nos, tinha soluções para tudo, mas não conseguem encontra-las
porque se preocupa mais com as conquistas de poder do que com o esforço que
deveria fazer para nos proporcionar uma vida menos atormentada.
Estamos dominados por
poderes que se mantêm ou se revezam num ciclo de disparates que, ainda se
não deram conta, os fará vítimas também.
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