ACORDO ORTOGRÁFICO

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sábado, 30 de março de 2013

O CICLO DO DISPARATE



Os políticos, por seu turno, refugiam-se em questões sem sentido do verdadeiro bem comum e o sistema bancário, depois de ter imposto a tirania de consumos desnecessários para atingir metas lucrativas, hoje condiciona o crédito justo às jovens famílias portuguesas, com taxas abusivas que dificultam o acesso a uma qualidade de vida com dignidade”…
É um pequeno trecho de uma homilía de D Jorge Ortiga, Arcebispo de Braga que, neste tempo de Páscoa, critica os maiores culpados de uma situação que já é tragédia para muita gente e, porventura o será para muita mais que, a cada dia, sente bater-lhe à porta a austeridade que o tempo vai fazendo mais dura.
É uma praga que se vai instalando em toda a Europa e em todo o mundo que, num estertor penoso, tenta resistir a um mal que, pela via que segue, não tem cura.
Os culpados são aqueles mesmos a quem confiámos o governo do nosso país e nos impõem o pagamento dos serviços que, afinal, nos não prestam com sentido de humanidade ou de bem comum. São aqueles a quem confiámos o nosso dinheiro e com ele brincaram aos jogos da D Branca para no-lo fazer diminuir em vez de crescer como nos prometeram que cresceria.
Ou os culpados seremos nós que, ingénuos, lhes permitimos que fizessem tudo isso, embalados no sonho de uma democracia que, de vez, nos salvaria dos monstros que nos sugavam o sangue? Uma democracia que, diziam-nos, tinha soluções para tudo, mas não conseguem encontra-las porque se preocupa mais com as conquistas de poder do que com o esforço que deveria fazer para nos proporcionar uma vida menos atormentada.
Estamos dominados por poderes que se mantêm ou se revezam num ciclo de disparates que, ainda se não deram conta, os fará vítimas também.

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