Fui professor
universitário e dei-me conta da formação deficiente de muitos alunos em
matérias que o ensino secundário lhes devia ter proporcionado. Não se pode
considerar que está bem um ensino que forma alunos mal preparados. Por isso
concordo com a OCDE quando diz que “nem
os resultados obtidos pelos alunos podem ser ignorados na avaliação docente,
nem esta pode ser efectiva se não tiver no seu centro o que acontece em sala de
aula” (relatório de 1Março 2013).
Estou de acordo porque a
qualidade da formação dos alunos é o produto do trabalho dos professores que,
assim, sobretudo por ele devem ser avaliados.
Mas não foi assim que o
julgaram os sindicatos e os movimentos de professores quando evitaram que a sua
avaliação integrasse tal factor que, afinal, é a razão de ser da sua
existência!
Fala-se muito da geração
mais qualificada de sempre em Portugal que, por falta de oportunidades, está a
fugir do país, outra falácia que carece de confirmação porque não são os
resultados de uns testes ou de uns exames, por vezes demasiado permissivos, que
o permitem dizer.
Era o que eu julgava
quando deixei o Técnico, onde fui bom aluno, assim considerado por professores
muito exigentes. Mesmo assim, depressa a vida me mostrou que estava longe da
qualidade que apenas o trabalho e a experiência me dariam.
O nosso ensino tem de
passar a ser, como já foi, exigente e controlado, sem a permissividade que, em
muitos casos facilmente se vê que existe, devendo os professores ser avaliados
pelo que, realmente, é a forma como executam o seu trabalho e os resultados que
obtêm. Assim como a nossa actividade económica deve ser organizada para que,
nela, a formação seja continuada.
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