ACORDO ORTOGRÁFICO

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sexta-feira, 8 de março de 2013

OCDE RECRIMINA MÉTODO DE AVALIAÇÃO DE PROFESSORES EM PORTUGAL



Fui professor universitário e dei-me conta da formação deficiente de muitos alunos em matérias que o ensino secundário lhes devia ter proporcionado. Não se pode considerar que está bem um ensino que forma alunos mal preparados. Por isso concordo com a OCDE quando diz que “nem os resultados obtidos pelos alunos podem ser ignorados na avaliação docente, nem esta pode ser efectiva se não tiver no seu centro o que acontece em sala de aula” (relatório de 1Março 2013).
Estou de acordo porque a qualidade da formação dos alunos é o produto do trabalho dos professores que, assim, sobretudo por ele devem ser avaliados.
Mas não foi assim que o julgaram os sindicatos e os movimentos de professores quando evitaram que a sua avaliação integrasse tal factor que, afinal, é a razão de ser da sua existência!
Fala-se muito da geração mais qualificada de sempre em Portugal que, por falta de oportunidades, está a fugir do país, outra falácia que carece de confirmação porque não são os resultados de uns testes ou de uns exames, por vezes demasiado permissivos, que o permitem dizer.
Era o que eu julgava quando deixei o Técnico, onde fui bom aluno, assim considerado por professores muito exigentes. Mesmo assim, depressa a vida me mostrou que estava longe da qualidade que apenas o trabalho e a experiência me dariam.
O nosso ensino tem de passar a ser, como já foi, exigente e controlado, sem a permissividade que, em muitos casos facilmente se vê que existe, devendo os professores ser avaliados pelo que, realmente, é a forma como executam o seu trabalho e os resultados que obtêm. Assim como a nossa actividade económica deve ser organizada para que, nela, a formação seja continuada.

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