ACORDO ORTOGRÁFICO

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terça-feira, 19 de março de 2013

A PROVA DOS NOVE E O TIRO NA BARRIGA!



Tenho dito e repetido que os economistas andam loucos, desorientados, o que muitos julgarão que seja, apenas, um excesso de linguagem. Bem gostaria eu que o fosse. Mas não é. A prova está aí nas decisões cada vez mais descabeçadas e impensáveis que tomam, do que o Eurogrupo se faz eco nas medidas que imagina para “recuperar” as “economias” que diz ajudar.
Pela cabeça de quem iria passar que a confiança básica de um sistema financeiro fosse agredida do modo que foi com a decisão de taxar os depósitos bancários?
Decerto apenas pela cabeça de quem, descontrolado e sem soluções, atira a moeda ao ar e seja o que Deus quiser.
Desde quando o confisco das economias de cada um é medida compatível com a confiança em que uma economia de mercado livre deve assentar?
Tudo isto revela a pobreza de soluções que os economistas encontram para uma economia que está quase a ponto de as não ter.
Quando coisas destas acontecem, é habitual dizer que “foi um tiro no pé”. Mas não creio que, desta vez, tenha sido no pé, porque me parece ter sido, em cheio, na barriga. Mais um desvio e acertarão no coração de um sistema que já se arrasta há tempo demais por este caminho enviesado que conduz a um precipício.
Eu temo que a decisão deste Eurogrupo, onde se diz que o nosso ministro das finanças aprovou a ideia, seja o começo de um chorrilho de disparates maiores que nos arraste para o grande desastre que arrasará esta economia que as condições naturais votam ao fracasso.
A recusa do Parlamento cipriota em aprovar as exigências do Eurogrupo, pode bem ser o início de um processo de desmembramento de uma União desunida e de uma moeda mal parida.

2 comentários:

  1. não andam loucos nem desorientados. sabem bem o que fazem empobrecem as pessoas para depois as usas empresas terem lucros fabulosos. é tempo de os povos dizerem não a esta política de miséria onde os mais ricos são cada vez mais ricos e os pbres cada vez mais pobres. vejam o que está a acontecer no nosso país onde a classe média está a desaparecer. vejam as declarações de certas personagens que acham que o povo tudo aguenta, que deve haver baixa do salário mínimo e que sem ordenados baixos não há trabalho. contudo essa escumalha de gente engorda cada vez mais. é tempo dos povos dizerem basta e partir para a luta não em manifestações mas `cassetada.

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  2. Infelizmente, António, não me parece que tenha razão porque a verdade verdadeira é que não será possível voltar ao que era dantes. As coisas mudaram e ainda não há políticos capazes de enfrentar a realidade que têm pela frente. A Natureza não vai consentir mais brincadeiras por muito tempo. Ou nos decidimos a mudar ou muda Ela e as consequências serão dramáticas. Nada será resolvido à "cassetada", porque terá de ser entendido e resolvido com cabeça.

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