Tenho dito e repetido que
os economistas andam loucos, desorientados, o que muitos julgarão que seja,
apenas, um excesso de linguagem. Bem gostaria eu que o fosse. Mas não é. A
prova está aí nas decisões cada vez mais descabeçadas e impensáveis que tomam,
do que o Eurogrupo se faz eco nas medidas que imagina para “recuperar” as “economias”
que diz ajudar.
Pela cabeça de quem iria
passar que a confiança básica de um sistema financeiro fosse agredida do modo
que foi com a decisão de taxar os depósitos bancários?
Decerto apenas pela cabeça
de quem, descontrolado e sem soluções, atira a moeda ao ar e seja o que Deus
quiser.
Desde quando o confisco
das economias de cada um é medida compatível com a confiança em que uma
economia de mercado livre deve assentar?
Tudo isto revela a pobreza
de soluções que os economistas encontram para uma economia que está quase a
ponto de as não ter.
Quando coisas destas
acontecem, é habitual dizer que “foi um tiro no pé”. Mas não creio que, desta
vez, tenha sido no pé, porque me parece ter sido, em cheio, na barriga. Mais um
desvio e acertarão no coração de um sistema que já se arrasta há tempo demais
por este caminho enviesado que conduz a um precipício.
Eu temo que a decisão
deste Eurogrupo, onde se diz que o nosso ministro das finanças aprovou a ideia,
seja o começo de um chorrilho de disparates maiores que nos arraste para o grande
desastre que arrasará esta economia que as condições naturais votam ao
fracasso.
A recusa do Parlamento
cipriota em aprovar as exigências do Eurogrupo, pode bem ser o início de um
processo de desmembramento de uma União desunida e de uma moeda mal parida.
não andam loucos nem desorientados. sabem bem o que fazem empobrecem as pessoas para depois as usas empresas terem lucros fabulosos. é tempo de os povos dizerem não a esta política de miséria onde os mais ricos são cada vez mais ricos e os pbres cada vez mais pobres. vejam o que está a acontecer no nosso país onde a classe média está a desaparecer. vejam as declarações de certas personagens que acham que o povo tudo aguenta, que deve haver baixa do salário mínimo e que sem ordenados baixos não há trabalho. contudo essa escumalha de gente engorda cada vez mais. é tempo dos povos dizerem basta e partir para a luta não em manifestações mas `cassetada.
ResponderEliminarInfelizmente, António, não me parece que tenha razão porque a verdade verdadeira é que não será possível voltar ao que era dantes. As coisas mudaram e ainda não há políticos capazes de enfrentar a realidade que têm pela frente. A Natureza não vai consentir mais brincadeiras por muito tempo. Ou nos decidimos a mudar ou muda Ela e as consequências serão dramáticas. Nada será resolvido à "cassetada", porque terá de ser entendido e resolvido com cabeça.
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