ACORDO ORTOGRÁFICO

O autor dos textos deste jornal declara que NÃO aderiu ao Acordo Ortográfico e, por isso, continua a adoptar o anterior modo de escrever.

terça-feira, 26 de março de 2013

A REMODELAÇÃO NECESSÁRIA OU A REMODELAÇÃO CONVENIENTE?



Creio que será desta vez que que Passos Coelho não tem como fugir à remodelação do seu governo. E até já todos sabemos por onde deve começar, o que, para ele, parece ser quase uma impossibilidade.
Mas deixemos esse caso para nos fixarmos noutro ministro cuja remodelação eu aplaudiria nos primeiros tempos mas que, mais tarde, verifiquei que seria um clamoroso erro. Falo de Santos Pereira que já me revelou não ser o incapaz e, muito menos, o ignorante que muitos pretendem que ele seja.
Não é nada fácil ser ministro da economia num país de finanças destroçadas e com as medidas de austeridade que o resgate da Troika nos impõe e, menos ainda, quando a economia de todo o mundo anda aos solavancos. E quem pensa que está nas possibilidades deste ministro fazer crescer a economia ou travar a austeridade, nada entende das coisas.
Que o seu grandioso ministério, tal com outros, deveria se reformado, poucas dúvidas me restam, mas colocar o homem em segundo lugar entre os que os factos mostram que deveriam abandonar o governo, cheira-me a maldade.
Com Santos Pereira tornaram-se impossíveis certas manobras, o que, por certo, não agrada a quem delas tirava proveito. Pode parecer ridículo e lastimável a alguns que ele “faça de vendedor imobiliário” quando arranja setenta e cinco mil milhões em contratos para um sector quase em ruínas, o da construção. Até podem criticar o seu “low profile”, mas Santos Pereira é um valor deste governo, mesmo que Passos Coelho lhe não dê grande relevância.
Afinal quantos são capazes de apontar razões concretas que possam justificar o seu afastamento de um governo onde outros se podem manter só por que…
Em todo o caso, a restruturação e remodelação do governo já tardam e nada justifica que Passos Coelho a não faça, tendo apenas em consideração os interesses do país e não as conveniências de alguns.

Sem comentários:

Enviar um comentário