Creio que será desta vez
que que Passos Coelho não tem como fugir à remodelação do seu governo. E até já
todos sabemos por onde deve começar, o que, para ele, parece ser quase uma
impossibilidade.
Mas deixemos esse caso
para nos fixarmos noutro ministro cuja remodelação eu aplaudiria nos primeiros
tempos mas que, mais tarde, verifiquei que seria um clamoroso erro. Falo de
Santos Pereira que já me revelou não ser o incapaz e, muito menos, o ignorante
que muitos pretendem que ele seja.
Não é nada fácil ser
ministro da economia num país de finanças destroçadas e com as medidas de
austeridade que o resgate da Troika nos impõe e, menos ainda, quando a economia
de todo o mundo anda aos solavancos. E quem pensa que está nas possibilidades
deste ministro fazer crescer a economia ou travar a austeridade, nada entende
das coisas.
Que o seu grandioso
ministério, tal com outros, deveria se reformado, poucas dúvidas me restam, mas
colocar o homem em segundo lugar entre os que os factos mostram que deveriam
abandonar o governo, cheira-me a maldade.
Com Santos Pereira
tornaram-se impossíveis certas manobras, o que, por certo, não agrada a quem
delas tirava proveito. Pode parecer ridículo e lastimável a alguns que ele “faça
de vendedor imobiliário” quando arranja setenta e cinco mil milhões em
contratos para um sector quase em ruínas, o da construção. Até podem criticar o
seu “low profile”, mas Santos Pereira é um valor deste governo, mesmo que
Passos Coelho lhe não dê grande relevância.
Afinal quantos são capazes
de apontar razões concretas que possam justificar o seu afastamento de um
governo onde outros se podem manter só por que…
Em todo o caso, a
restruturação e remodelação do governo já tardam e nada justifica que Passos
Coelho a não faça, tendo apenas em consideração os interesses do país e não as
conveniências de alguns.
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