ACORDO ORTOGRÁFICO

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domingo, 3 de março de 2013

A VIDA DE VOLTA OU UM FUTURO COM VIDA?

Depois dos italianos cujos resultados eleitorais mostram bem a baralhação em que a “crise” tem lançado o mundo, são agora os franceses que se mostram desiludidos com o que fora a sua grande esperança para revigorar a França e, dizia-se também, aliviar a Europa do jugo Germânico.
Tão pouco tempo depois, dois terços dos franceses consideram que Hollande falhou, segundo a sondagem de “Le Parisien”. É uma queda enorme que muito poucos julgariam possível, mas que as verdadreiras causas da situação da França e do Mundo tornaram inevitável.
Em Itália, Monti sofreu o desgaste do trabalho duro que realizou para evitar que o seu país resvalasse ainda mais na beira do precipício em que se encontrava e da qual não muito se afastou.
Uma coligação de Centro-Esquerda venceu, mas não o bastante para ter maioria absoluta e foram, dizem os comentadores, dois “palhaços” que o seguiram, só depois vindo quem voltara a fazer da Itália um país credível.
Em França, Hollande disse ter novas ideias, mobilizou o povo, mas a crise não se acomodou nem às ideias nem ao entusiasmo que geraram.
Na Holanda, o Governo prepara-se para cortar cerca de 4,5 mil milhões de euros na despesa para reequilibrar as finanças, certa de que há que cercear os gastos de modo a conformá-los com aquilo de que se dispõe.
Parece terem chegado à mesma conclusão que aqui insistimos em recusar.
De um modo geral, a Europa está em recessão e não dá indícios de que tal situação se inverta a curto prazo.
Mas se olharmos para fora da Europa, a situação não é melhor. Em muitos países a “crise” antecipou-se e fez profundos estragos e, em outros, a crise permanente nem lhes permite distingui-la de uma situação normal porque é assim que vivem permanentemente. As economias emergentes descobriram tarde demais este mercado global sem ética e sem regras em que os direitos humanos se não respeitam e as economias se afundam.
Parece que ninguém sabe, ao certo, o que fazer.
Enquanto uns se esforçam para conter os efeitos de numa “crise” que, afinal, já não oiço “prémios Nobel” dizer que é como esta ou como aquela e que os mesmo remédios deveriam ser adoptados, outros desesperam, manifestam-se e “querem a sua vida de volta”! Aquela vida artificial que não há condições para fazer voltar.
Anda louco o mundo, creio eu. E louco continuará até se dar conta de que terá de trilhar novos caminhos.
Se as manifestações de ontem, estrategicamente aproveitadas pelas oposições que, no mais puro estilo de uma democracia leviana, pretendem a queda do Governo e nada mais reclamam do que a vida que havia de volta, então não serviram para nada, porque a vida do futuro será outra bem diferente!

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