SER PRESIDENTE DO SPORTING, UM PROJECTO OU UMA OPORTUNIDADE?

Nas próximas eleições do Sporting voto Bruno de Carvalho. Mas não pelo facto de ser meu filho. Pelo contrário, lembrando-me das anteriores eleições, por essa razão lhe pedi que não participasse nesta disputa em que, tudo o indicava, seria eleito o homem a abater, o alvo de novas calúnias, o candidato a quem todas as forças ocultas que se movem no Sporting se deveriam opor fosse do modo que fosse, bem como se lhe oporiam os que, por razões de uma “linhagem” pífia, por interesses instalados ou pelo simples temor da mudança, preferem ver o Clube chafurdar nas águas mornas e lamacentas em que já mal consegue manter-se à tona.

Mas porque sou o responsável maior por lhe transmitir os valores de um Sporting Enorme que, afinal, cada vez mais sportinguistas mal conhecem e alguns, felizmente poucos, perverteram por obscuros interesses, tem o meu apoio incondicional, esclarecido e total porque é o único dos candidatos que mostrou poder dar-me o gozo de ainda poder ver, de novo, o Sporting que há muitas dezenas de anos me fez sportinguista e tantas e tão grandes alegrias me deu, o Sporting que desejo que possa dar aos meus filhos e aos meus netos as mesmas alegrias que me deu a mim.

Depois do que já vi e ouvi nesta campanha, para além de outras coisas que, necessariamente, sei, não me fica qualquer peso na consciência por, como sportinguista, o preferir em desfavor das outras candidaturas, uma das quais as anteriores eleições me fazem recordar e os poderes estranhos que pretendem continuar a dominar o Sporting me não deixam esquecer. É fruto de outras razões que não de um projecto ou de uma vontade férrea de voltar a fazer do Sporting o baluarte que já foi.

Ditam a minha convicção a impreparação que as outras candidaturas revelam acerca do que o Sporting necessita, traduzida em programas que, nem sequer, conseguem sê-lo, em equipas desarticuladas, incompletas e sem as qualificações que nos seus membros deviam transparecer.

Reforçam a minha decisão a sua incapacidade de transmitir, no que dizem, a esperança num Sporting eterno, pleno e ganhador, como sempre foi seu timbre ser.

Para além de tudo, dizem ser quem melhor conhece os meandros do futebol, os caminhos esconsos e pestilentos em que, como todos o testemunhámos, o Sporting se perdeu e se arruinou, em detrimento da formação da qual se esqueceu e dos numerosos talentos que já desperdiçou.

É esta a essência do que, por essas candidaturas, me é proposto! É este oportunismo que, em boa consciência, não desejo porque foi assim nas anteriores eleições em que uma candidatura jogou precisamente os mesmos trunfos, apontou as mesmas razões, promoveu os mesmos insultos, fez lançar os mesmos boatos, teve os mesmos apoios e conseguiu os piores resultados de que há memória, para além de acrescentar 130 milhões à enorme dívida que o Sporting já acumulava.

A formação multidisciplinar de Bruno de Carvalho, o conhecimento que a sua vivência do Sporting lhe confere, a sua capacidade de comunicação, a capacidade de iniciativa e de inovação que as suas acções revelam e os projectos que imaginou e lançou comprovam, são indicadores inequívocos da sua capacidade que os outros tentam diminuir em função de méritos que não possuem ou são de menos para as enormes necessidades do Sporting.

É por tudo isto que desejo uma mudança que aponte um novo rumo, a vitória de um projecto que mobilize os valores tradicionais do Sporting Clube de Portugal e faça renascer a confiança de, num futuro próximo, voltar a sentir um justo e incontido orgulho por ser sportinguista!

Rui de Carvalho

FORÇA SPORTING!