Esta agitação nas Forças
Armadas em consequência dos cortes no seu financiamento, acusando o ministro de
não conhecer a realidade do país, deixa-me um tanto confuso.
Aguiar Branco, numa
entrevista que escutei pareceu-me dizer coisas acertadas quando explicou de um
modo claro que, perante as limitações financeiras que temos, será preferível
ter umas Forças Armadas com menos efectivos mas mais condições de
operacionalidade. Obviamente, de que servirão uma Forças Armadas numerosas mas
não operacionais?
Depois oiço os militares
dizer coisas que nem me parecem ter a clareza do que o contestado ministro
disse!
O incontornável Vasco
Lourenço resolveria as coisas à sua maneira, com uma revolução. Obviamente! Outros
contestam o ministro sem conseguirem esclarecer-me sobre as razões por que o
fazem. Pouco mais fazem do que considera-lo ignorante, o que é uma atitude
característica dos que se julgam os donos de uma certa sabedoria. Típico!
Aprendi na minha vida que
apenas as explicações simples revelam sabedoria e que todas as demais encobrem,
na complexidade das coisas que, sugerem, não estão ao alcance de qualquer um, ignorância
ou interesses que pretendem esconder.
Para além de atitudes que me fazem pensar que as suas reais procupações são a possível perda de postos de trabalho, dizem os
militares que o ministro pretende fazer a reforma sem eles, sem os ouvir. Parece-me
estranho e quase me custa a crer que seja verdade. Mas neste país tudo é
possível, sobretudo quando o Governo não é muito pródigo em explicações.
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