ACORDO ORTOGRÁFICO

O autor dos textos deste jornal declara que NÃO aderiu ao Acordo Ortográfico e, por isso, continua a adoptar o anterior modo de escrever.

sexta-feira, 31 de agosto de 2012

BEM PREGA FREI TOMÁS…



Quem ouvir os “socialistas” nas conclusões da sua “universidade de verão”, não os leva presos. Quase fazem parecer que não foram os responsáveis pelo governo de Portugal até há pouco mais de um ano, nem que o fizeram de modo a criarem uma situação económica e financeira grave que os obrigou a pedir ajuda externa, o que acontece quando os países estão falidos! Serão bons gestores os que levam a tais resultados?
Apegam-se a questões menores que empolam e apresentam como dramas maiores causadores de todas as desgraças, culpando o governo de não adoptar as medidas que, sabiamente, há muito lhe propõem.
Não fora a gravíssima situação que nos legaram e da qual não sairemos sem graves danos e eu riria destes desaforos brejeiros aos quais, seja como for, têm todo o direito, porque a democracia assim lhos consente.
Mas que críticas podemos levar a sério vindas de quem governou com erros gravíssimos que obrigaram a recorrer à ajuda internacional que nos impões condições duras e cujas consequências agora criticam?!!!
Diria o povo que “cesteiro que faz um cêsto faz um cento” E tem razão, porque fará se lhe derem verga e tempo… E é isso que estes impagáveis socialistas pretendem com as atitudes seráficas de quem se mostra preocupado com os danos que a “cura” causa aos que padecem da doença que lhes pegaram. E até podem ser bem sucedidos neste país de distraídos que ainda acreditam no Pai Natal!
Para que não pareça que julgo perfeitas as atitudes deste governo ao qual calhou na rifa reencaminhar um país que andava por maus caminhos, faço notar as críticas que, aqui mesmo, lhe tenho feito.

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

O PLANETA DOS SUICIDAS


Quase diariamente me chegam convites para participar em “pettitions” em defesa disto ou daquilo porque, neste mundo quase em decomposição, inúmeras espécies e muitos habitats estão em risco porque o seu número se reduz de centenas ou de milhares a cada dia que passa. As causas são bem conhecidas e todas se centram nas atitudes do maior predador de todos os tempos, o Homem, para o qual viver satisfazendo as suas necessidades vitais se tornou de menos perante os exagerados luxos para os quais o consumismo que exaure os recursos naturais e degrada o Ambiente o impele.
Elevar cada vez mais o “nível de vida” tornou-se o propósito de uma “economia” obcecada pelo crescimento contínuo que o mais vulgar senso nos diz ser uma impossibilidade neste meio finito em que vivemos. Para além do bom senso, porém, a realidade vai tornando evidentes os danos de atitudes irresponsáveis que já nem os artifícios das engenharias financeiras conseguem disfarçar. Mesmo assim, entre as comodidades que uma economia esbanjadora transitoriamente lhe proporciona e a qualidade ambiental que a manutenção da vida exige, o Homem dá preferência às primeiras, do que tem resultado uma sucessão de danos como a poluição, a contaminação e a redução da biodiversidade cujos efeitos são cada vez mais sentidos mas considerados como males menores ou, mesmo até, como um tributo razoável pelos consumos sumptuários que alimentam o ego distorcido do que se julga um Ser Superior!
Vêm já de há muitos decénios os avisos sobre os graves riscos que corre a Humanidade em consequência do tipo de vida que adoptou ou no qual poderosos interesses a aprisionaram. Tornam-se cada vez mais incisivas as chamadas de atenção e são cada vez mais evidentes as razões dos que as fazem.
Estão à vista de todos os efeitos perniciosos deste modo de viver que a “Cimeira do Rio”, há vinte anos atrás, tornou bem claros e para os quais definiu remédios que, infelizmente, os maiores poluidores ignoraram.
Recentemente, a “Cimeira Rio+20” teve o mérito de deixar bem claro que, vinte anos depois, a degradação ambiental avançou, tal como se mantém a indiferença dos líderes mundiais que preferiram reunir-se numa outra cimeira, o G20, onde se preocuparam com a estagnação ou, mesmo, recessão da economia mundial!
As contradições continuam nesta via cada vez mais rápida para o suicídio em massa que a Humanidade parece preferir.
Não me convidem para “petições”. Convidem-me para a luta contra esta loucura que destruirá a Vida!

terça-feira, 28 de agosto de 2012

DE NOVO A RTP


Quando, de outra vez, me manifestei sobre a entrevista de António Borges à TVI sobre o futuro da RTP, recordo-me de ter tido o cuidado de dizer que “Podem as declarações do entrevistado não terem sido ingénuas e pode, até, a notícia de hoje ser mais do que mera especulação jornalística…” e fi-lo em boa hora pois, agora, mais parece ter sido uma daquelas tramas politiqueiras montadas para ver o que dá, bem ao estilo que parece ser o de Relvas cuja utilidade no governo parece ser a mesma de uma viola num enterro.
Para além da confusão que a questão vai gerar em termos de constitucionalidade, este processo, tal como o da licenciatura do que parece ter sido o seu mentor, está ferido de forte opacidade, assim como sugere um oportunismo que se não coaduna com a transparência que os negócios da coisa pública devem ter.
O serviço público de televisão do qual nunca foi claramente definido o que seja, deve ser bem mais do que aquilo que das emissões da RTP tem transparecido. Será, pois, bom que seja feito de uma vez por todas.
Para não ir longe demais neste apontamento e numa ideia que anteriormente já revelei qual é a minha, não me será fácil entender que uma entidade privada possa fazer bem o que apenas ao Estado compete fazer.

ÉRAMOS DIFERENTES, ÉRAMOS OS MELHORES!


Foi mais uma noite de angústia e de vergonha que me leva a deixar aqui registado o meu estado de espírito, disso pedindo desculpa aos que costumam ler este "jornal" mas não tenham as razões que eu tenho para sentir o desgosto que sinto.


Maior do que o desgosto de ver o Sporting gerido por pessoas que o não merecem, é este de ver o Sporting sofrer enxovalhos que o maior clube desportivo português de todos os tempos não merece!
Maior tristeza do que a de ver as tristes figuras que fazem os dirigentes leoninos e os seus pretensos representantes em programas televisivos onde são reduzidos a quase nada pela natural empáfia dos seus “adversários”, é o sentimento de humilhação que tudo isto me causa e, até, a incredibilidade de que tudo isto esteja a acontecer com aquela equipa de futebol que vi passear a sua categoria ímpar por este país fora. Acompanhei a equipa de futebol em incontáveis tardes de glória, senti-me feliz com os feitos desportivos de muitos atletas que corriam, saltavam, andavam de bicicleta, atiravam a bola ao cesto, eu sei lá… Sentia o prazer dos que, sendo leões de verdade, tinham todas as razões do mundo para dizer: pois é, somos diferentes, somos melhores!
Como foi possível chegar o Sporting a este estado de miséria em que se encontra é o quebra-cabeças que não consigo resolver. Um invejável património não desportivo foi esbanjado, um insuperável património desportivo foi destroçado e uma credibilidade que alguém, jamais, se atreveria a contestar, foi hipotecada pelos inquantificáveis dislates e por sucessivas gestões danosas que uma “dinastia” de vampiros proferiu e cometeu!
Comoveu-me a patética postura de Sá Pinto, de cujo sportinguismo não duvido, e surpreenderam-me as afirmações sem sentido que proferiu no final do jogo, numa atitude que nunca foi a sua porque não traduziu a garra que sempre mostrou em campo quando defendia as cores do seu Sporting! Parece ter-se adaptado à “racionalidade” de uma gestão incompetente e incapaz de compreender ser outra a postura que pode reerguer o Sporting: inconformismo, humildade, dedicação e muito esforço!
Nem imagino se a reacção final dos que assistiram ao jogo com o Rio Ave é uma manifestação genuína da indignação que os sócios e adeptos não podem deixar de sentir pela desgraça em que se tornou o seu clube ou se não passa de um arrufo inconsequente como tantos que, depois, são esquecidos como já tantas vezes aconteceu.
Mas seja como for, de uma coisa tenho a certeza, de mal a pior nos levará este caminho cada vez mais inclinado que nem milhões de milhões, venham eles de onde vierem, podem aplanar. Porque a ALMA LEONINA não se alimenta de milhões mas da paixão que o Sporting lhe desperta!

sábado, 25 de agosto de 2012

"AQUELES QUE POR OBRAS VALEROSAS SE VÃO DA LEI DA MORTE LIBERTANDO"

Desde muito novo que gostei de olhar a Lua que, mais até do que o Sol que não podia olhar, me fascinava pelos mistérios que me parecia conter.
Olhava aquelas manchas que despertavam a minha imaginação e me faziam pensar no que seriam. Disse-me a minha avó Graça que um dia, um homem que cometera um grande pecado fora para ali exilado e condenado a andar permanentemente com um grande fardo às costas! Era ele aquela sombra que se via em noites de Lua Cheia. E por lá continuou, por anos e anos, até que o mistério e a lenda deram lugar a uma realidade que muitos julgaram não passar de uma encenação: o primeiro homem desembarcou na Lua.
Neil Amstrong, o comandante da nave Apollo 11 desceu a escada do módulo lunar, pôs o pé no solo do nosso satélite natural e deu o primeiro passo.
Eram fascinantes as imagens que via na televisão naquela tarde do dia 21 de Julho de 1969. Inacreditável!
Ainda hoje soam nos meus ouvidos as suas palavras: “um pequeno passo para o Homem, um grande passo para a Humanidade”.
Hoje, com 82 anos, Amstrong, o primeiro homem a pisar a Lua, deixou de pertencer ao número dos vivos mesmo que, como disse o grande Camões, se tenha “da lei da morte libertado”!

É PRECISA UMA VERDADE QUE NÃO SEJA A QUE INTERESSES OBSCUROS OU PRECONCEITOS POSSAM DIVULGAR COMO SENDO.


Três coisas me confundem na questão Julien Assange, o australiano defensor da transparência e fundador da wikileaks onde os “escândalos” da administração americana são dados a conhecer ao mundo.
Em primeiro lugar, o facto de apenas uma administração, a dos EU, ser objecto das suas preocupações porque, decerto, haverá escândalos não menores e coisas não menos preocupantes nos “documentos secretos” de outras administrações. Infelizmente, as diplomacias estão cheias de hipocrisias e de cinismos com os quais se encobrem as verdadeiras intenções. Que documentos tenebrosos haverá por aí e como nos sentiríamos preocupados se os conhecêssemos oriundos de certas “diplomacias” que tratam das questões do Médio Oriente, por exemplo.
Haverá no mundo alguém que, sem outros motivos para além de uma filantrópica “contribuição para a transparência” e sem outros proveitos que não os da satisfação de um “dever”, faça o que fez Assenge? Sinceramente creio que não. Pode até ter convencido disso alguns dos que o ajudaram, mas teve necessidade de meios que de algum lado tiveram de vir, nem que seja apenas para corromper os que lhe facultaram os documentos que publicou. Veio esse dinheiro da sua fortuna pessoal ou terá como fonte países ou organizações com cuja credibilidade não bule e, muito menos, divulga os seus podres?
Não sou contra a transparência. De todo não sou! Mas sou contra a falsa transparência, aquela que, sem outras razões para além da origem, determina a seu bel-prazer o que o seja ou não.
Depois, pode uma pessoa sobre quem pendem graves acusações de abusos sexuais, crimes contra a dignidade humana que são da maior gravidade, ser um paladino autêntico da transparência? Sinceramente, duvido!
Finalmente, não é estranho que um país como o Equador se coloque em bicos de pés como defensor de alguém que é acusado na Suécia de crimes sexuais pelos quais é justo que responda, invocando razões de humanidade que evitariam a sua posterior extradição para os Estados Unidos? Por que será tão temida esta possibilidade? Porque terá cometido um crime de corrupção activa para obter as informações que divulgou?
Não duvido de que o mundo tem necessidade de um qualquer Assenge que consiga por a nu as porcarias que por aí se fazem. Sem dúvida!
Mas porcaria não se limpa com porcaria…