Quando, de outra vez, me
manifestei sobre a entrevista de António Borges à TVI sobre o futuro da RTP,
recordo-me de ter tido o cuidado de dizer que “Podem as declarações do
entrevistado não terem sido ingénuas e pode, até, a notícia de hoje ser mais do
que mera especulação jornalística…” e fi-lo em boa hora pois, agora, mais
parece ter sido uma daquelas tramas politiqueiras montadas para ver o que dá,
bem ao estilo que parece ser o de Relvas cuja utilidade no governo parece ser a
mesma de uma viola num enterro.
Para além da confusão que a
questão vai gerar em termos de constitucionalidade, este processo, tal como o
da licenciatura do que parece ter sido o seu mentor, está ferido de forte opacidade,
assim como sugere um oportunismo que se não coaduna com a transparência que os
negócios da coisa pública devem ter.
O serviço público de televisão do
qual nunca foi claramente definido o que seja, deve ser bem mais do que aquilo
que das emissões da RTP tem transparecido. Será, pois, bom que seja feito de
uma vez por todas.
Para não ir longe demais neste
apontamento e numa ideia que anteriormente já revelei qual é a minha, não me
será fácil entender que uma entidade privada possa fazer bem o que apenas ao Estado compete fazer.
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