Quase diariamente me chegam
convites para participar em “pettitions” em defesa disto ou daquilo porque,
neste mundo quase em decomposição, inúmeras espécies e muitos habitats estão em
risco porque o seu número se reduz de centenas ou de milhares a cada dia que
passa. As causas são bem conhecidas e todas se centram nas atitudes do maior
predador de todos os tempos, o Homem, para o qual viver satisfazendo as suas
necessidades vitais se tornou de menos perante os exagerados luxos para os
quais o consumismo que exaure os recursos naturais e degrada o Ambiente o
impele.
Elevar cada vez mais o “nível de
vida” tornou-se o propósito de uma “economia” obcecada pelo crescimento
contínuo que o mais vulgar senso nos diz ser uma impossibilidade neste
meio finito em que vivemos. Para além do bom senso, porém, a realidade vai
tornando evidentes os danos de atitudes irresponsáveis que já nem os artifícios
das engenharias financeiras conseguem disfarçar. Mesmo assim, entre as comodidades
que uma economia esbanjadora transitoriamente lhe proporciona e a qualidade ambiental
que a manutenção da vida exige, o Homem dá preferência às primeiras, do que tem
resultado uma sucessão de danos como a poluição, a contaminação e a redução da
biodiversidade cujos efeitos são cada vez mais sentidos mas considerados como
males menores ou, mesmo até, como um tributo razoável pelos consumos
sumptuários que alimentam o ego distorcido do que se julga um Ser Superior!
Vêm já de há muitos decénios os
avisos sobre os graves riscos que corre a Humanidade em consequência do tipo de
vida que adoptou ou no qual poderosos interesses a aprisionaram. Tornam-se cada
vez mais incisivas as chamadas de atenção e são cada vez mais evidentes
as razões dos que as fazem.
Estão à vista de todos os efeitos
perniciosos deste modo de viver que a “Cimeira do Rio”, há vinte anos atrás,
tornou bem claros e para os quais definiu remédios que, infelizmente, os
maiores poluidores ignoraram.
Recentemente, a “Cimeira Rio+20”
teve o mérito de deixar bem claro que, vinte anos depois, a degradação
ambiental avançou, tal como se mantém a indiferença dos líderes mundiais que
preferiram reunir-se numa outra cimeira, o G20, onde se preocuparam com a
estagnação ou, mesmo, recessão da economia mundial!
As contradições continuam nesta
via cada vez mais rápida para o suicídio em massa que a Humanidade parece
preferir.
Não me convidem para “petições”.
Convidem-me para a luta contra esta loucura que destruirá a Vida!
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