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segunda-feira, 13 de agosto de 2012

OS JOGOS OLÍMPICOS MODERNOS E O IDEAL OLÍMPICO



Com início no ano 776 AC, na cidade de Olímpia, na Grécia, os Jogos Olímpicos Antigos aconteceram até ao ano 393 AC.
Inspirado nestes Jogos, o Barão Pierre de Coubertain fundou, em 1894, o Comité Olímpico Internacional de que resultou o Movimento Olímpico que, em 1896 iniciou a série dos Jogos Olímpicos Modernos, realizados de quatro em quatro anos, dos quais não se realizaram os de 1916 em consequência da Primeira Guerra Mundial e os de 1940 e de 1944 que a Segunda Grande Guerra mundial não permitiu que acontecessem.
A pureza do “Espírito Olímpico” fez com que os Jogos se destinassem a atletas amadores de todo o mundo. Naturalmente, os interesses gerados pela grandiosidade dos Jogos levou a que este espírito fosse sendo abastardado até à decisão de serem abertos a profissionais, com todos os problemas que a profissionalização acarreta. Aliás, nem as condições de participação, traduzidas em “mínimos” muito exigentes, são acessíveis a atletas simplesmente amadores, o que, na prática, significa que os JO deixaram de ser acessíveis àqueles para quem foram criados!
Parece-me fazer pouco sentido esta decisão que, obviamente, apenas interesses financeiros ditaram porque acabam por competir com os campeonatos mundiais, uma competição com um espírito competitivo diferente.
Em consequência, os Jogos Olímpicos perdem toda a pureza do seu ideal de “fraternidade universal” em favor de um espírito de confronto que muitos factos e circunstâncias tornam evidente.
Já na fase profissional, a “Guerra Fria” levou ao boicote dos Jogos Olímpicos de Moscovo por iniciativa dos Estados Unidos da América, no ano 1972, denunciando como o “espírito de confronto político” substituiu o original.
Ao longo do tempo, chegaram ao nosso conhecimento declarações e provas de que este espírito que se não conforma com o ideal de Coubertain, origina atitudes reprováveis quer na preparação quer na adulteração de condições competitivas que o “espírito olímpico” jamais poderia aceitar.
Ao longo do tempo fomos sabendo de muitas coisas, de muitos escândalos a que uma competição não meramente desportiva jamais conduziria, mas a que a componente sobretudo política que impregnou e adulterou o ideal olímpico, deu lugar.
Parecem ser pontos altos destas atitudes o que sabemos ter-se passado na ex-RDA e agora se diz que se passa na China, onde crianças serão submetidas a uma preparação de campeões que, a ser verdade, lhes causa imensa dor.


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