Com início no ano 776 AC, na
cidade de Olímpia, na Grécia, os Jogos Olímpicos Antigos aconteceram até ao ano
393 AC.
Inspirado nestes Jogos, o Barão Pierre
de Coubertain fundou, em 1894, o Comité Olímpico Internacional de que resultou
o Movimento Olímpico que, em 1896 iniciou a série dos Jogos Olímpicos Modernos, realizados
de quatro em quatro anos, dos quais não se realizaram os de 1916 em
consequência da Primeira Guerra Mundial e os de 1940 e de 1944 que a Segunda
Grande Guerra mundial não permitiu que acontecessem.
A pureza do “Espírito Olímpico”
fez com que os Jogos se destinassem a atletas amadores de todo o mundo.
Naturalmente, os interesses gerados pela grandiosidade dos Jogos levou a que
este espírito fosse sendo abastardado até à decisão de serem abertos a
profissionais, com todos os problemas que a profissionalização acarreta. Aliás,
nem as condições de participação, traduzidas em “mínimos” muito exigentes, são
acessíveis a atletas simplesmente amadores, o que, na prática, significa que os JO deixaram de ser acessíveis àqueles para quem foram criados!
Parece-me fazer pouco sentido
esta decisão que, obviamente, apenas interesses financeiros ditaram porque
acabam por competir com os campeonatos mundiais, uma competição com um espírito
competitivo diferente.
Em consequência, os Jogos
Olímpicos perdem toda a pureza do seu ideal de “fraternidade universal” em
favor de um espírito de confronto que muitos factos e circunstâncias tornam
evidente.
Já na fase profissional, a “Guerra
Fria” levou ao boicote dos Jogos Olímpicos de Moscovo por iniciativa dos
Estados Unidos da América, no ano 1972, denunciando como o “espírito de
confronto político” substituiu o original.
Ao longo do tempo, chegaram ao
nosso conhecimento declarações e provas de que este espírito que se não
conforma com o ideal de Coubertain, origina atitudes reprováveis quer na
preparação quer na adulteração de condições competitivas que o “espírito
olímpico” jamais poderia aceitar.
Ao longo do tempo fomos sabendo
de muitas coisas, de muitos escândalos a que uma competição não meramente
desportiva jamais conduziria, mas a que a componente sobretudo política que impregnou e
adulterou o ideal olímpico, deu lugar.
Parecem ser pontos altos destas
atitudes o que sabemos ter-se passado na ex-RDA e agora se diz que se passa na
China, onde crianças serão submetidas a uma preparação de campeões que, a ser
verdade, lhes causa imensa dor.
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