ACORDO ORTOGRÁFICO

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sábado, 27 de novembro de 2021

DIREITA, ESQUERDA, LINHAS VERMELHAS…
Quando a gravidade e complexidade dos problemas que nos afectam pede um esforço total, abrangente e sem preconceitos para minimizar as consequências graves que põem em risco o futuro global, parece que mais se aprofundam as divergências que trocam o importante para a vida pela ambição de poder. As evidências da situação delicada que vivemos já não consentem dúvidas quanto à extrema urgência de controlar o efeito de estufa, de remediar a degradação ambiental e de refrear o consumismo, adequando o modo de viver às características do meio em que vivemos, garantindo a sobrevivência da Humanidade já tão ameaçada. Apesar dos efeitos evidentes e dos riscos graves iminentes, na Cimeira de Glasgow sobre as alterações climáticas, os políticos mais responsáveis do mundo não conseguiram definir soluções minimamente satisfatórias perante as soluções drásticas que as circunstâncias exigem. Pelo contrário, aceitaram condições que deixarão piorar a situação global, em favor de objectivos económicos. Por isso, dia a dia mais urgentes se tornam as soluções há tanto tempo reclamadas para evitar efeitos irreversíveis e insuportáveis. Nestas circunstâncias, que sentido fará confinar ideologicamente as soluções entre direita e esquerda e condicionar relacionamentos e acordos definindo “linhas vermelhas” se o objectivo essencial, aquele sem o qual todos os demais não fazem sentido, é o de salvar a Humanidade? Aproximam-se eleições e dependerão dos eleitores o governo que cuidará dos nossos problemas e o Parlamento que, representando todos nós, o controlará. Mesmo assim, não poderemos nós deixar de controlar todos, para que usem em nosso proveito e não no seu os poderes que neles delegámos. Retirando-lhos, se necessário! Não podemos continuar indiferentes.

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