ACORDO ORTOGRÁFICO

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sexta-feira, 12 de janeiro de 2018

COMO É ISTO POSSÍVEL?



Num país enorme como os Estados Unidos, é natural que existam muitos loucos, psicopatas, tarados sexuais e outros tipos de gente que, infelizmente, existem por todo o lado.
Mata-se por tudo e por nada e é impossível garantir que em qualquer lado onde nos encontremos não entre um daqueles maluquinhos que desata a atirar sem sentido nem por que, apenas porque o lobby das armas não quer perder as vantagens que tem, usando o arsenal mortífero que foi constituindo para, um dia, fazer a sua guerra.
Motivos para a fazer há muitos, mas sempre acabam por ser nenhuns.
Tendo em conta as notícias que, de lá, nos vão chegando, os disparates a que as diversas taras dão lugar fazem-me lembrar os tempos não muito distantes da colonização, o tempo dos cow-boys, dos pistoleiros, dos bandos que atravessavam o país a assaltar bancos, a beber wisky rasca nos salloons, a matar gente, a dizimar os índios dos quais fizeram o inimigo a abater, mas a quem, afinal, roubaram o sossego e a harmonia natural em que viviam na terra que era a sua.
Assim se fez a grandeza da América onde, dizem, o sonho está ao alcance de qualquer um. Porventura aquela grandeza que um presidente estranho, com espírito de cow boy e um discurso à maneira do século XIX, diz querer restaurar, ignorando quanto, desde então, o mundo mudou, o modo de viver se alterou.
Depois das guerras dos cow-boys, das mortandades dos índios, da ambição de conquistar o mundo, quando parecia que os Estados Unidos já faziam parte do grupo de países civilizados, empenhados em corrigir as burradas que o “crescimento económico” incontrolado a que Trump quer regressar, estão a fazer do mundo um inferno, se comprometiam com responsabilidades que assumiam em acordos internacionais, os americanos elegem, para seu chefe, alguém a que agora já chamam condicionado mental e, como há quem diga também, põe em sério risco a paz no mundo, falando do enorme poderio militar do país, do qual quer aumentar a já grande capacidade nuclear “até um ponto que faça o resto do mundo ter juízo!”
A quem faltará o juízo pergunto eu.
Um presidente bipolar, como dizem também que é, que tanto garante que destruirá Pyonguiang num abrir e fechar de olhos como agora se afirma disposto a sentar-se à mesa com Kim Jong un.
Eu duvido é que este rapazote anafado e de penteado estranho que, com pezinhos de lã, foi atingindo os seus intentos e até já merece os encómios de Putin, esteja disposto a aturar o “terror da América”, aquele que tanto diz como desdiz, tanto diz que vai fazer como desfaz, que tanto pode ser o “palhaço do mundo” como o seu algoz!
Se o encontro não acontecer, que pensar da poderosa América?
Esta é a ideia que as notícias me criam do que, em princípio, seria o homem mais poderoso do mundo e me trás à lembrança aquela anedota que, numa comparação, fala do olhar inteligente da vaca!

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