(notem em que condições se dão aulas na Escola Superior de Dança, para o que o Estado cobra propinas!)
É extensa a lista dos bens e serviços cujos
preços me dizem foram aumentados a partir de 1 de Janeiro de 2018. O pão, o
leite, o azeite, os ovos, a electricidade, a água, os transportes, os
combustíveis e tantas outras coisas que fazem demasiadamente extenso o rol do
que vou ter de pagar mais caro em troca de uma redução pífia nos impostos
directos e dos aumentos bem sensíveis nos impostos indirectos que terei de
pagar também com o aumento ridículo que me dizem que vou ter na pensão a que,
por mais que quatro dezenas de anos de trabalho e de descontos, tenho direito.
Também, a cada dia que passa oiço falar das
carências que, cada vez maiores, se vão fazendo notar na educação, na saúde, na
segurança e em outros domínios nos quais ao Estado compete satisfazer as
necessidades e prevenir a segurança dos cidadãos que o sustentam.
Não são poucos, também, os casos de abusos
que me dizem que são cometidos envolvendo dinheiros públicos, dentre os quais
me chamou particularmente a atenção aquela tentativa gorada de dar mais
dinheiros aos partidos políticos, de um modo que passasse desapercebido ao
pagante a quem querem fazer crer ser um sucesso a governação que baixa o défice
e a dívida sem criar riqueza!
Obviamente que não esperava milagres e, por
isso, sabia que a austeridade que, inevitavelmente, se segue a uma estroinice,
não podia, num passe de mágica, transformar-se na abastança na qual me querem
fazer crer que já vivemos.
É mentira, porque estamos a acumular nova factura
que não sei se não será maior do que aquela que nem sequer acabámos de pagar.
Mas, com excepção dos que, a cada dia, se
manifestam e demonstram as carências reais que, em tantas coisas, se verificam,
todos os demais parecem felizes com esta nova vida que parece ter-se tornado um
modelo na Europa que, cinicamente, faz de Portugal um exemplo quando as médias
do seu conforto, dos seus rendimentos, da sua qualidade de vida e outros mais,
estão ainda muito abaixo das europeias, apesar de tantos países com condições
de vida bem piores do que as nossas.
E lembro-me daquele dito “todo o burro come
palha, a questão é saber dar-lha”.
E que jeito têm certas pessoas para distribuir
palha pútrida como se fosse erva fresquinha.
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