Foi um espectáculo que, apesar de tudo, valeu
a pena ver.
Valeu pelos efeitos de luzes, pelo ambiente e
por muitas canções que, sem dúvida, tinham qualidade, interpretadas por vozes
muito boas.
Acabou com um desfecho surrealista, a vitória
de uma canção que, para além de um ritmo ruidoso e banal, igual a qualquer
outro que se pode ouvir num bar numa noite de fim de semana, não era agradável
à vista nem ao ouvido.
Jamais me passaria pela cabeça que o tema de
uma galinha choca fosse o vencedor!
Curiosamente, foi aquela que as “casas de
apostas” promoveram desde o primeiro dia e que venceu através dos votos
anónimos vindos não sei de onde.
Já vi de tudo na Eurovisão, desde os “carteis
regionais” constituídos por vizinhos que votam uns nos outros, pois já se sabia
quem votava em quem, até votações que pareceram ser escolhas mesmo, como
aconteceu, por exemplo, na edição anterior em que as melhores canções foram, de
um modo geral, as mais votadas.
Parece que a música voltou a não ser o mote
da Eurovisão que, do modo como esta edição foi, voltará a ser uma máquina de
cantigas que não farão carreira, pois serão, quase de seguida, esquecidas!
Duvido que muita gente compre um CD com a
música de Israel para poder ouvi-lo, em sossego, no remanso de sua casa…
A canção portuguesa teve o destino esperado
pois nem a canção nem a orquestração mereceram a atenção dos votantes e até a
mim me pareceu uma coisa para esquecer depressa.
Mas já pude ler as mais variadas opiniões,
incluindo as que elogiam a canção israelita…
E, como é hábito dizer-se, gostos não se
discutem. Mas quando entram as apostas...
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