Se a guerra das comadres fica mais intensa
quando a prevenção e o combate a incêndios florestais já deviam estar
devidamente planeados, os meios pessoais e humanos garantidos e a estratégia de
combate bem definida, eu fico a pensar que uma nova tragédia pode acontecer
ainda sem que a anterior tenha sido completamente esclarecida.
Um trabalho destes não se faz do pé para a
mão e nem as medidas avulsas diversas tomadas são penhor de segurança seja do
que for.
Em quase meados de Maio, onde está o
planeamento territorial de intervenção em função das características regionais,
como decorrem os trabalhos provisórios que o bom senso recomenda e necessários
quando não existe, ainda, um plano definitivo?
São controversas as declarações diversas que
se ouvem e até o Presidente da República pré-anuncia a sua retirada da liça se
as coisas não correrem bem!!!
É óbvio que não percebo grande coisa de prevenção
e de combate a incêndios, mas o que sei dá para garantir que o sucesso não
dispensa a realização de um estudo profundo por técnicos qualificados em vários
domínios, o qual não ficará pronto em menos de um ou dois anos, para que possa
definir, pormenorizadamente, tudo o que é necessário fazer nos mais diversos domínios
que afectam esta questão grave de segurança contra incêndios florestais que não
passa de uma parte da Segurança Nacional que deve estar organizada e preparada
para intervir com eficácia em caso de necessidade.
Temo que qualquer comandante seja boicotado
como já o foram outros porque há sempre quem se julga o mais conhecedor, o
único que sabe o que e como se deve fazer, decerto por inspiração divina porque
o trabalho de base, aquele que analisa todos os aspectos e procura as melhores
soluções, esse ainda está por fazer!
Os barões estabelecidos não gostam de ver
entrar pela porta dentro outros que julgam ignorantes e incapazes porque,
afinal, já existe quem saiba tudo!
É deste modo que as coisas se passam por cá.
Sem comentários:
Enviar um comentário