Aproxima-se, a passos largos, a época dos
incêndios e não consta que tudo esteja como deveria estar para evitar novas
tragédias.
É que a solução tem diversos aspectos que não
apenas a falta de pessoal ou de equipamento.
Tem a ver com a organização territorial num
país que, infelizmente, vai do terceiro mundo à modernidade, da terra de
ninguém àquela que se paga a pêso de ouro e com a falta de formação dos que têm
a responsabilidade da defesa civil, os quais tão má conta deram nas tragédias
do Verão passado. Eles e os “especialistas” que analisaram o que sucedeu.
Vergonhoso.
É uma questão antiga porque não contribui –
há quem pense assim – para os indicadores que, mentirosamente, dizem ser
Portugal um país em franco progresso.
Não me admiro que seja assim porque, aqui
onde vivemos, nesta pátria que dizemos amar, as coisas sempre se resolveram
pelo faz de conta, ou as soluções são orientadas por aquele princípio de que “todo
o burro come palha, desde que lha saibam dar”, onde, para não resolver questões
se nomeiam comissões de “especialistas” que me não parecem diferir muito de
umas para as outras.
Também há aquela atitude de virar as costas e
“quem vier atrás fecha a porta”, a qual não é tão invulgar assim!
Pensando assim, imaginem como me sinto quando
leio que Marcelo afirmou que não demite o Governo se houver nova tragédia, mas
tira uma consequência: “Voltasse a correr mal o que correu mal no ano passado,
nos anos que vão até ao fim do meu mandato, isso seria, só por si, impeditivo
de uma recandidatura”.
Espantoso!
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