ACORDO ORTOGRÁFICO

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terça-feira, 26 de abril de 2011

A ENTREVISTA DE SÓCRATES

Juro que foi com a melhor das intenções que escutei a entrevista de Sócrates a Judite de Sousa no canal 4! Garanto que tentei, uma vez mais, ver em Sócrates um rasgo de sinceridade no que dizia e um pingo de vergonha por tanto disparate que fez.
Mas, o mesmo trapalhão de sempre afirma, sem que nada o possa comprovar e mesmo perante todas as evidências em contrário, que tinha uma solução antes de os partidos de oposição terem lançado o país numa crise política. Depois, diz e desdiz, como é seu timbre, e atinge o seu ponto alto quando, fugindo sistematicamente às perguntas que lhe são feitas, pergunta à entrevistadora: acha que as medidas que vão ser negociadas serão melhores do que as do PEC4?
Pois bem, ninguém pode crer ou aceitar que quem nos vai emprestar meios financeiros que espera receber de volta, imponha medidas para além das necessárias para recuperar as finanças públicas, correndo o risco de mais o afundar e, consequentemente, perder o seu dinheiro!
Além disso, Sócrates parece não ter entendido que os portugueses estão fartos de que os problemas sejam sempre resolvidos do mesmo modo, com mais carga fiscal e desemprego dos que sempre pagam as crises, tal como o comprova o resultado positivo do primeiro trimestre deste ano, do qual muito se orgulha, ainda que tenha sido o acréscimo de receitas que o permitiu porque as despesas correntes, como sempre, aumentaram!
É de coisas assim que Sócrates se orgulha!
São necessárias outras medidas, aquelas que nunca se dispôs a adoptar, as que "emagreçam" um Estado que há tanto tempo vem engordando, além de ser imperioso que nos deixemos de fantasias de grandes obras enquanto a fome aumenta em Portugal e preservemos um bem estar mínimo que livre o país da gravíssima e perigosa crise social que se adivinha.
Esta entrevista definiu, claramente, a “cassete” que utilizará durante toda a campanha eleitoral.
Se é assim que Sócrates vai propor aos portugueses continuar a governar o país e se é de um Primeiro-Ministro assim que os portugueses gostam… que Deus nos ajude.

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