ACORDO ORTOGRÁFICO

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quarta-feira, 27 de abril de 2011

O CONTO DO VIGÁRIO

Sócrates fala como se ele não tivesse sido o responsável por duplicar a dívida pública nacional, colocando-a no nível insuportável em que se encontra e é a principal razão de ser dos nossos problemas, da humilhação do país mais antigo da Europa.
Sócrates faz tábua rasa de toda a sua responsabilidade no descalabro das finanças públicas nacionais e apresenta-se como o “salvador” que tem a solução para a recuperação do país que, através de uma política megalómana, defraudou.
Sócrates disfarça, com chavões populistas que repete à saciedade, a sua responsabilidade numa situação que penalizará duramente a grande maioria dos portugueses por muito tempo.
Um discurso que mais parece ser o de alguém que não andou por aqui nos últimos anos e agora aparece como salvador é a arma de Sócrates que, secundado por um partido que de socialista apenas tem o nome, poderá convencer muita gente do demérito de quem se lhe oponha, já que de méritos próprios se não poderá ufanar.
Temo, por isso, que este “ganhador de eleições” com promessas das quais, de imediato, se esquece ou diz não poder cumprir por causas que sempre considera que lhe são estranhas, consiga convencer um número suficiente de portugueses que o mantenham na ribalta da política nacional e, deste modo, lhe consinta que continue a causar os danos que tem causado.
Acusa Passos Coelho de querer nacionalizar a Caixa Geral de Depósitos onde foi buscar milhares de milhões de euros para as suas extravagâncias entre as quais a ruinosa intervenção no BPN, de querer acabar com o Estado Social nestes dois últimos anos reduzido a mínimos que o colocam à beira do caos, considera anti-patriótico que se exija o esclarecimento das contas públicas ignorando o que fez quando sucedeu a Santana Lopes, bem como de muitas iniciativas que, infelizmente, os seus devaneios de governante esbanjador tornaram inevitáveis no país que ele tanto empobreceu.
É o Sócrates que reduziu Portugal à dimensão de um país desqualificado quem, agora, pretende ser o seu salvador!
O bem conhecido “conto do vigário”.

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