Depois
do que sucedeu e que não é mais do que um evidente e oportunista “casamento de
conveniência” de cujas inevitáveis consequências todos conhecemos os efeitos, o
que se poderia esperar senão os custos elevados que começam a ser bem notados
em vez dos benefícios que nos prometeu um orçamento feito de contas erradas e
de ideias retorcidas?
Em
vez deles, apenas nos damos conta do que pagamos a mais por tanta coisa.
E,
numa “nova política” que vive de aparências, de subterfúgios e de figuras de
linguagem estranhas, surge agora a mais bizarra que pede que outros façam o que
quem pede não fez porque assim lhe conveio para alcançar o poder que não ganhou,
a cooperação de que muito necessita e sem a qual um país perdido não sai da
confusão enorme em que se meteu nem do poço profundo em que continua a enterrar-se.
Curiosamente,
do que a aprovação do orçamento rectificativo já foi claro exemplo, poderão as
circunstâncias e, mesmo até, a necessidade de evitar uma catastrófica ruína, fazer que haja,
em algum momento, um governo minoritário suportado por quem venceu as eleições!
O que, evidentemente, não seria mais do que uma bizarria, de uma solução anómala
que novas eleições terão de corrigir.
E
não me parece que outra coisa possa acontecer.
Ainda
“a procissão ainda vai no adro”, mas
não tardará que se espalhem, por toda a aparte, os desmandos próprios da folia sem controlo que, no final, fazem da
cabeça uma enorme caixa de ressonância que até o silencio amplia para lhe
causar dores insuportáveis.
Como
não faço parte do grupo dos “boys” que se amanham quando o seu partido ganha, nem daquele outro, o dos tolos, que se convencem ser possível viver de subsídios milagrosos ou de direitos conquistados, esquecendo o esforço do trabalho, fico-me
na maioria dos que apenas poderiam lucrar com uma boa governação.
É, por isso, com preocupação que vivo estes tempos conturbados em que as culpas de outros são invocadas como causa para não fazer tal como garantido que seria feito, para não cumprir as promessas que foram, quase sob juramento, propagandeadas para nos livrarem da austeridade a que a realidade nos obriga e, sem a menor dúvida, serão a causa dos sacrifícios maiores que, inevitavelmente, nos serão pedidos em nome de uma pátria que interesses pessoais vão destruindo com a mesma fúria com que um esfomeado rapa o fundo ao tacho.
É, por isso, com preocupação que vivo estes tempos conturbados em que as culpas de outros são invocadas como causa para não fazer tal como garantido que seria feito, para não cumprir as promessas que foram, quase sob juramento, propagandeadas para nos livrarem da austeridade a que a realidade nos obriga e, sem a menor dúvida, serão a causa dos sacrifícios maiores que, inevitavelmente, nos serão pedidos em nome de uma pátria que interesses pessoais vão destruindo com a mesma fúria com que um esfomeado rapa o fundo ao tacho.
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