Há,
entre o FBI e a APLE, uma guerra sobre a segurança da informação que os
utilizadores guardam nos seus iPhones. Uma guerra que já criou simpatizantes de
qualquer das partes, ficando para se saber quem ganhará, se o FBI se a APLE,
estando as palmas reservadas para o vencedor, como se de um confronto simples
se tratasse.
A
questão nasce da necessidade de conhecer os “segredos” de um assassino que,
julga-se que por conta do estado islâmico, causou a morte a mais de uma dezena
de inocentes num atentado que fez e, com isso, obter informação que possa
prevenir outras acções criminosas do mesmo tipo.
O
candidato republicano à eleições presidenciais Donald Trump propõe, em nome da
segurança na sociedade, que os americanos boicotem a Aple se esta não permitir
desencriptar a informação que o FBI julga necessária. E os seus numerosos
apoiantes dão-lhe razão.
Também
Bill Gates, em entrevista ao “Financial Times” crê ser a segurança da sociedade
mais importante do que aquela que dá lucro a este tipo de empresas
tecnológicas, sugerindo que a Aple deve cumprir a demanda judicial e
desbloquear o iPhone usado pelo autor do tiroteio em San Bernardino, na
Califórnia, em 2015, que deixou 14 pessoas mortas.
Mas
é muito mais sério do que isto o que está em confronto nesta questão em que aquelas
entidades não passam de ser os rostos de quem luta pela segurança da sociedade
e os que, por razões que economicamente lhes interessam e não de ética como
pretende crer que sejam, desejam manter intacta a confiança dos utilizadores,
nem que seja por más razões como o são os planos de atentados que possam esconder.
Para
já, será urgente resolver a questão do crime de S Bernardino para evitar que
outros idênticos ou piores aconteçam. Depois haverá que estudar bem como, sem
prejuízo excessivo dos direitos pessoais, se defenderão os interesses de toda a
sociedade.
Nesta
questão só posso estar de acordo com Gates, com Trump e, certamente, com a
maioria do povo americano.
Uma coisa o bom senso nos dirá, a segurança global que tanta coisa agora faz perigar é bem mais importante do que os segredos privados que a tecnologia permita esconder.
Uma coisa o bom senso nos dirá, a segurança global que tanta coisa agora faz perigar é bem mais importante do que os segredos privados que a tecnologia permita esconder.
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