ACORDO ORTOGRÁFICO

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quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

POLUIÇÃO OU MISÉRIA?



Aos poucos, a espécie humana vai ficando encurralada no “cemitério” onde, um dia, a História feita por não sei quem, colocará o epitáfio que merecem aqueles de quem o bom senso não orientou a vida:
AQUI JAZ O QUE NÃO SOUBE VIVER.
Raro é o dia que passa sem que novos e arrepiantes indícios nos mostrem ser já mais do que tempo para tomar juízo, para prestar à vida a atenção que ela merece.
Todos os seres vivos precisam de um ambiente próprio para viver e do ambiente de cada um dos milhões que habitam a Terra fazem parte todos os demais, dos quais não conheço um, sequer, que seja auto-suficiente.
Julgou, talvez, o Homem que o seria neste paraíso onde haveria tudo para o fazer feliz se não se julgasse o dono daquilo de que, de facto, não é.
Talvez seja este o significado da Expulsão do Paraíso de que fala a Bíblia.
O Homem, a maravilha da Criação, não passa, porém, de mais uma espécie entre tantas que habitam e já habitaram este Planeta que a sua estupidez degrada e parece não ser capaz de evitar continuar a degradar.
Desde há muitos anos que vejo, ciclicamente, os representantes desta espécie decadente, reunirem-se para reconhecer os perigos que a podem eliminar e jamais poderei esquecer, depois de várias outras tentativas falhadas, aquela Cimeira da Terra, no Rio de janeiro em 1992, na qual todos colocámos a esperança de, finalmente, entrarmos no bom caminho.
A juventude reclamava o seu futuro! A mesma "juventude" que hoje o maltrata.
Quantas outras cimeiras, desde então, se realizaram para reconhecer os problemas que já eram conhecidos mas que ninguém resolve?
Passam as cimeiras e logo a questão é esquecida como se ela tivesse sido a solução.
E poderia aqui desafiar os mais activos nestas andanças de reunir aqui e ali para encher, temporariamente, páginas de jornais para, depois, todos os perigos se esquecerem na lufa-lufa de, de novo, tentar fazer crescer a economia de que resultam com "contas" em que a dignidade humana é esquecida.
Afinal jamais fomos capazes de sair do velhíssimo dilema POLUIÇÃO OU MISÉRIA que, pese tudo o que fingimos fazer, nada mais significa do que aceitar a primeira como a solução qua acantona a miséria em zonas fétidas do mundo onde vão acontecendo desgraças sem fim.
Mas não vejo nada disto entrar nas contas destes políticos que é suposto governarem-nos, talvez porque são preocupações que não fazem parte dos seus “esquemas” de interesses.

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