Parece
que nisto da política se não inventa nada. Está tudo inventado, a menos a ideia
de que, para viver, é preciso trabalhar, produzir, aproveitar da melhor maneira
o que a Natureza coloca à nossa disposição e, com isso, viver o melhor que seja
possível.
Tal
como acontece com qualquer outra espécie no Planeta, o equilíbrio é o segredo
da nossa vida. Um segredo que fomos incapazes de aprender ao longo do muito tempo que já levamos a explorar o Planeta.
Não é o equilíbrio que a Humanidade encontra na sua ânsia de ter
cada vez mais esforçando-se cada vez menos. Desequilíbrios profundos são os que
sentimos cada vez mais mas que fingimos nem ver.
Quando
as fontes parecem já exauridas, há sempre uma ideia velha que renasce como se
fosse a novidade, a grande descoberta que nos vai salvar da desgraça.
Uma
das vantagens, ou desvantagens, de uma vida já bem longa é a de poder ver como
os disparates se repetem, ignorando as lições que a vida dá e o quanto já nos
custaram erros iguais antes cometidos, os mesmos que agora aparecem como grandes soluções
para que possamos continuar a cometê-los!
O ciclo vicioso da desgraça que não tarda porque tudo não passa de apenas mais um equívoco cujas más consequências sentiremos dentro de pouco tempo.
O ciclo vicioso da desgraça que não tarda porque tudo não passa de apenas mais um equívoco cujas más consequências sentiremos dentro de pouco tempo.
E
por tudo isto me lembro, por exemplo, de uma manifestação que, recentemente,
produtores de suínos fizeram à porta de uma grande empresa de distribuição que,
queixavam-se, fazia as “promoções” à custa do que lhes não pagavam e, aos
poucos, os impedia de continuar a produzir.
Menos
de uma semana passou até aparecer anunciada uma “promoção cá das nossas” que, apesar
das suas queixas, os produtores decerto pagaram outra vez. Não estive lá. Foi o que se noticiou e eu acreditei.
E
todos vamos a correr a aproveitar o que não passa da morte de quem produz, sem
nos lembrarmos que, um dia, poderá não haver o que promover.
O
mesmo acontece com o aumento de impostos brutal sobre os produtos petrolíferos,
dizem-me que mais uns 7 cêntimos por litro, quando o mercado baixou mas os
impostos do nosso governo vai aumentar tornando-os mais caros, voltando àquela
situação de grande disparidade com o resto da Europa, até com Espanha onde os
combustíveis se compram mais baratos e, por isso, lá se preferem comprar.
E
vai-te ganho que me dás perda.
E
sinto-me a olhar para ver, de novo, este filme de terror que, de todo, me não
agrada ver mas que terei de viver e pagar com os impostos subterrâneos com que
me vão taxar! Na gasolina e em outras muitas coisas que, naturalmente, terei de pagar para que a outros se reconheçam privilégios, se concedam benefícios ou até se permita nem sequer trabalhar.
E
a estupidez não acaba, menos ainda nas contas de Centeno, talvez porque a
Constituição não faz da estupidez um crime que se possa impedir de praticar!
Quem
sabe, pois, se a governação de Sócrates não passou do ensaio do que está ainda
para vir e se as passageiras melhoras que julgarmos sentir não passarão das “melhoras
da morte”, aquele breve bem-estar que se sente antes de morrer.
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