Tanta
vez ouvi falar na desgraça que seria o país ficar sem orçamento até Março ou
Abril que, estando quase em Março, ainda sem orçamento e com fortes
perspectivas de o não ter a curto prazo, não entendo como é possível governar
assim um país nem que futuro poderei esperar desta incerteza sobre o orçamento
que, finalmente, teremos, não sei quando.
Mas,
mais do que isso, uma coisa não entendo de todo, a de não ver neste orçamento os
propósitos que os ideais dos partidos que, supostamente, o vão aprovar, têm
proclamado aos quatro ventos, aceitando, afinal, os procedimentos que condenam
mas que a nossa condição de membro da União Europeia exigem.
Para
além disto, não compreendo, ainda, as estratégias do PCP e do BE que o votarão
favoravelmente mas que o reprovariam, sem qualquer hesitação, se fossem outras
as circunstâncias.
Será
que esperam o momento oportuno para agir, para intervir em força na “coligação”
que, por ora, ainda sustentam?
Uma
coisa me parece inevitável que é a impossibilidade de manter indefinidamente um
acordo que, aparentemente, não faz qualquer sentido.
Quem
vai mudar de campo nesse momento crítico do futuro de todos nós? O PCP, o BE ou
o PS, já que os respectivos princípios e intenções não são compatíveis?
O
que será, realmente, esta esquerda que não tem planos de futuro comuns nem
personalidade que lhe permita uma via diferente do “capitalismo” que
esconjuram? Um futuro muito próximo o dirá.
Não será trilhando um caminho paralelo que, por isso, não muda o sentido das coisas e se limita a alterações aqui e ali sem mudar a essência seja do que for, que serão resolvidos os cada vez mais numerosos e complicados
problemas com que o país, em conjunto com toda a Humanidade, se depara.
Compreende-lo-emos alguma vez?
Compreende-lo-emos alguma vez?
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