ACORDO ORTOGRÁFICO

O autor dos textos deste jornal declara que NÃO aderiu ao Acordo Ortográfico e, por isso, continua a adoptar o anterior modo de escrever.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

QUANTOS ORÇAMENTOS AINDA FALTAM PARA TERMOS UM?



Tanta vez ouvi falar na desgraça que seria o país ficar sem orçamento até Março ou Abril que, estando quase em Março, ainda sem orçamento e com fortes perspectivas de o não ter a curto prazo, não entendo como é possível governar assim um país nem que futuro poderei esperar desta incerteza sobre o orçamento que, finalmente, teremos, não sei quando.
Mas, mais do que isso, uma coisa não entendo de todo, a de não ver neste orçamento os propósitos que os ideais dos partidos que, supostamente, o vão aprovar, têm proclamado aos quatro ventos, aceitando, afinal, os procedimentos que condenam mas que a nossa condição de membro da União Europeia exigem.
Para além disto, não compreendo, ainda, as estratégias do PCP e do BE que o votarão favoravelmente mas que o reprovariam, sem qualquer hesitação, se fossem outras as circunstâncias.
Será que esperam o momento oportuno para agir, para intervir em força na “coligação” que, por ora, ainda sustentam?
Uma coisa me parece inevitável que é a impossibilidade de manter indefinidamente um acordo que, aparentemente, não faz qualquer sentido.
Quem vai mudar de campo nesse momento crítico do futuro de todos nós? O PCP, o BE ou o PS, já que os respectivos princípios e intenções não são compatíveis?
O que será, realmente, esta esquerda que não tem planos de futuro comuns nem personalidade que lhe permita uma via diferente do “capitalismo” que esconjuram? Um futuro muito próximo o dirá.
Não será trilhando um caminho paralelo que, por isso, não muda o sentido das coisas e se limita a alterações aqui e ali sem mudar a essência seja do que for, que serão resolvidos os cada vez mais numerosos e complicados problemas com que o país, em conjunto com toda a Humanidade, se depara.
Compreende-lo-emos alguma vez?

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