Aung San Suu Kyi, ex-secretária geral da Liga Nacional para a Democracia da Birmânia (Nyanmar), venceu as eleições em 1990 mas não ocupou o lugar de Primeiro-Ministro que, por direito, lhe pertencia porque uma Junta Militar o não permitiu e tomou conta do poder no país.
Desde então e apesar de lhe ter sido atribuído o Prémio Nobel da Paz em 1991, esta activista dos direitos humanos passou a maioria do tempo, cerca de 17 anos, em prisão domiciliária sem qualquer comunicação com o exterior.
Foi hoje libertada esta resistente já com 65 anos, mas nada garante que os ditadores da Junta Militar a não voltem a privar de liberdade quando virem o seu poder, agora retomado em eleições fantoches, ameaçado.
Também Liu Xiaobo, de 55 anos, crítico literário, professor e activista dos direitos humanos, se encontra encarcerado na China em consequência das suas exigências de abertura democrática no seu país. A sua luta valeu-lhe o Prémio Nobel da Paz, mas de nada valem as pressões sobre um regime acusado de graves atropelos aos direitos humanos pela Amnistia Internacional.
São casos que deveriam envergonhar toda a Humanidade, aos quais se juntam outros de regimes ferozes que subjugam povos inteiros mas que ficam sem a reprovação clara e determinada da ONU que nada faz de positivo para os corrigir. Nas relações entre países, os valores económicos falam mais alto.
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