ACORDO ORTOGRÁFICO

O autor dos textos deste jornal declara que NÃO aderiu ao Acordo Ortográfico e, por isso, continua a adoptar o anterior modo de escrever.

terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

E QUANDO O MAR BATE NA ROCHA…



Cada vez que dou conta das reclamações, e são muitas, de tanta gente a quem o BES burlou, levando-as a confiar-lhe o seu dinheiro, por vezes as economias de toda uma vida que agora não conseguem reaver, não posso deixar de sentir uma raiva surda por um Estado que devendo ser “pessoa de bem” o não é, pelo modo como se comporta perante “individualidades” que devem muitos milhões ao sistema (como, por exemplo, o tão falado caso de Luis Filipe Vieira e suas empresas) mas continuam vivendo como nababos e aqueles que, enganados, enfrentam agora grandes dificuldades, numa vida que mereciam viver de forma tranquila.
Corridos daqui para ali, como Cristo de Herodes para Pilatos, o Estado lava as suas mãos, descarta as suas responsabilidades e, como num passe de mágica de que nem David Coperfield seria capaz, milhões evaporam-se ou voam para os bolsos de alguém!
Quantos milionários gatunos andam por aí à solta, alguns que, até talvez, tenham sido condecorados pela arte com que a todos enganaram, continuando a ser grandes personalidades a quem outras não menores continuam a não negar a sua companhia, quem sabe se até a sua admiração, apesar das suspeitas de crimes que sobre eles pendem.
Não seria já tempo de resolver estes assuntos de um modo que compensasse os aldrabados e castigasse os aldrabões e, para além disso, nos aliviasse de termos de pagar, com o pouco que os impostos nos deixam, o que eles esconderam em paraísos fiscais e estoiraram em luxos e vida de gente fina a quem não passa pela cabeça que haja quem passe fome?

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