Ontem vi um filme cujo tema é o assalto à
Terra por um tipo de extra-terrestres que andam pelo espaço, de planeta em
planeta, em depredações sucessivas.
Exaurido um planeta passam ao seguinte já
previamente escolhido em função das suas condições de vida e dos recursos que
possui.
É, na realidade, uma situação assustadora, mas
não tanto pela hipótese de poder acontecer como a história do filme ficciona
mas pela de estar a acontecer sem que predadores externos nisso intervenham.
Por que razão não hei-de falar assim se é o
que se passa quando, porque gastamos mais do que o que é possível produzir em
continuidade, o excesso consumista em que caímos já utiliza em pouco mais de
sete meses o que a Natureza pode repor num ano inteiro?!
Isto significa que já exercemos sobre a nossa
Terra uma pressão muito superior à que ela pode suportar, continuando a
aumentá-la como o necessitam os políticos para manter o seu poder.
É o resultado do crescimento económico
contínuo que um mundo finito e regido por regras naturais não pode suportar
para sempre.
Mas esta terrível questão que parece poder
ser avaliada de um modo linear, é bem mais complexa pelas consequências da actividade
económica crescente sobre o Ambiente, como a aceleração das alterações
climáticas e outras que reduzirão cada vez mais a capacidade de produção da
Terra, a tal situação à qual, segundo hoje li, Catarina Martins, do BE, diz
termos de nos adaptar!
Mais do que isso, os efeitos sobre os seres
vivos antevêem-se terríveis, quantitativamente e qualitativamente, até que,
ultrapassadas as exigências mínimas para existência de vida, esta vá
desaparecendo nas suas diversas formas.
E os grandes problemas do mundo são os que os
políticos discutem em encontros e mais encontros que fazem, com preocupações
económicas que superam e, muitas vezes, até fazem esquecer as que deviam ter
com o futuro da Humanidade que a Ciência já considera comprometido?
A extinção da Humanidade será inevitável a
prazo. Para que acelerá-la enquanto nos vamos equivocando com teorias ou
atitudes insustentáveis?
Será motivo de grande regozijo a aparência de
reconciliação das duas Coreias nos últimos Jogos Olímpicos de Inverno quando o
mais natural é ter sido mais uma jogada do “grande Kim” para alcançar os seus
objectivos de sustentação de um poder supremo que, tal como a capacidade de
suporte da Terra, também não eternamente suportável?
Não sei se é assim ou não, ainda que me
pareça que seja, mas prepararmo-nos para suportar as consequências dos erros
que fazemos em vez de os evitarmos, não me parece ser uma proposta que a
inteligência aprove.
E tudo isto acontece apesar dos milhares de milhões que sofrem de fome neste mundo de predadores.
E tudo isto acontece apesar dos milhares de milhões que sofrem de fome neste mundo de predadores.
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