ACORDO ORTOGRÁFICO

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sexta-feira, 22 de abril de 2016

DIA MUNDIAL DA TERRA



Dia após dia, aqueles para quem a Terra é importante porque não sabem que não têm outra, chamam a descuidada atenção dos que dela apenas se aproveitam para a pilhar, poluir ou dela fazer o reino de um ilusório poder já quase finado.
Julgou-se o Homem o seu dono enquanto, sem castigo, pode explorar o que nela foi descobrindo para usar em seus delírios.
Sempre se julgou capaz de encontrar maneira de ultrapassar as consequências dos danos que foi causando.
Mas tudo não passou da ilusão que nela abriu chagas profundas que, agora, como tanta coisa o demonstra, é incapaz de sarar. 
Por isso, já sente as dores do mal que fez mas, mesmo assim, pouco se esforça para o remediar e apenas tenta dilatar o tempo em que, sem perdão, a Humanidade pagará pelos seus erros.
No egoísmo profundo e irresponsável de quem diz que “quem vem atrás que feche a porta”, o Homem não arrepia caminho e, nem sequer, pára para pensar no quanto poderão sofrer os seus filhos, aqueles a quem vão deixar, por herança, esta Terra que tão profundamente destroçaram, com os ódios adormecidos que acordaram, com os muitos problemas que criaram e sem as esperanças que mataram.
Muito antes desta “civilização” destruidora, imaginada e engrandecida pelos que não foram capazes de compreender a Vida, um velho ditado índio, numa curiosa inversão do tempo aplica, à casa de todos nós, um princípio que apenas as pessoas de bem praticam:Pedimos a Terra emprestada aos nossos filhos, a quem a devemos devolver em boas condições.
Mas que Terra devolveremos nós a quem está neste mundo por responsabilidade nossa, se nunca a compreendemos e até destruímos aqueles que, tão bem, a conheciam?

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