Dia
após dia, aqueles para quem a Terra é importante porque não sabem que não têm
outra, chamam a descuidada atenção dos que dela apenas se aproveitam para a
pilhar, poluir ou dela fazer o reino de um ilusório poder já quase finado.
Julgou-se
o Homem o seu dono enquanto, sem castigo, pode explorar o que nela foi
descobrindo para usar em seus delírios.
Sempre
se julgou capaz de encontrar maneira de ultrapassar as consequências dos danos
que foi causando.
Mas
tudo não passou da ilusão que nela abriu chagas profundas que, agora, como
tanta coisa o demonstra, é incapaz de sarar.
Por isso, já sente as dores do mal que fez mas, mesmo assim, pouco se esforça para o remediar e apenas tenta dilatar o tempo em que, sem perdão, a Humanidade pagará pelos seus erros.
Por isso, já sente as dores do mal que fez mas, mesmo assim, pouco se esforça para o remediar e apenas tenta dilatar o tempo em que, sem perdão, a Humanidade pagará pelos seus erros.
No
egoísmo profundo e irresponsável de quem diz que “quem vem atrás que feche a
porta”, o Homem não arrepia caminho e, nem sequer, pára para pensar no quanto
poderão sofrer os seus filhos, aqueles a quem vão deixar, por herança, esta Terra que tão profundamente
destroçaram, com os ódios adormecidos que acordaram, com os muitos problemas
que criaram e sem as esperanças que mataram.
Muito
antes desta “civilização” destruidora, imaginada e engrandecida pelos que não
foram capazes de compreender a Vida, um velho ditado índio, numa curiosa
inversão do tempo aplica, à casa de todos nós, um princípio que apenas as pessoas de bem praticam: “Pedimos a Terra
emprestada aos nossos filhos, a quem a devemos devolver em boas condições”.
Mas
que Terra devolveremos nós a quem está neste mundo por responsabilidade nossa,
se nunca a compreendemos e até destruímos aqueles que, tão bem, a conheciam?
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