ACORDO ORTOGRÁFICO

O autor dos textos deste jornal declara que NÃO aderiu ao Acordo Ortográfico e, por isso, continua a adoptar o anterior modo de escrever.

sexta-feira, 15 de abril de 2016

O DIA MUNDIAL DA VOZ



Não será a voz da mãe que se ouviu pela primeira vez e ficou gravada para a vida inteira, a voz do pai que orientou os primeiros passos ou a de qualquer um daqueles que, por um sentimento particular se tornaram especiais sejam quais forem o seu tom, o seu timbre ou a sua musicalidade, a voz que hoje se evidencia.
Serão as vozes que, de algum modo, se tornaram “património” de uma sociedade, de um povo, de um país ou do mundo inteiro.
Serão vozes que a rádio, o grande veículo da voz, fez ouvir e tornou inconfundíveis.
A Rádio apareceu em Portugal muito pouco antes de eu nascer. Sou assim, um dos ouvintes mais antigos desta forma de transmitir que não trocaria por outra!
Ouvi as maiores e mais inconfundíveis vozes da rádio, infelizmente já desaparecidas mas que teriam, ainda hoje, lugar entre as melhores, dentre as quais distingo, para além do inconfundível Fernando Pessa, Maria Leonor e Pedro Moutinho cujo rigor de locução era inultrapassável.
É à deles que, especialmente, dedico a minha homenagem hoje, ainda que outros como D João da Câmra, Etelvina Lopes de Almeida, Olavo d'Eça Leal, Artur Agostinho, Gina Esteves, Lança Moreira, Igrejas Caeiro, Curado Ribeiro, Isabel Wolmar, Henrique Mendes e uns quantos mais façam parte do meu memorial de vozes inconfundíveis que há muito, infelizmente, já não oiço.

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