A
defesa da privacidade a qualquer preço está, definitivamente, em causa desde
que se tornou uma aliada preciosa, porventura a mais eficaz das que, em nome de
valores estranhos e reclamados como supremos e únicos, esconde a preparação de
manobras que tantos inocentes já molestaram e mataram ou dificulta a
perseguição de terroristas e a destruição da estrutura que os acolhe.
Está
o mundo perante um dos seus maiores dilemas que a juntar a tantos problemas com
que se vê confrontado, configura a “tempestade perfeita” que muitos e profundos danos pode causar à
Humanidade.
É
a falta de saídas para tantas situações deprimentes e de soluções para os cada
vez maiores problemas a que o nosso modo de viver nos conduziu que leva ao desespero
de decisões dramáticas de adesão a utopias irrealizáveis, a projectos miríficos
e ao terrorismo desumano que, para muitos e apesar das promessas das recompensas garantidas, acabará em enorme tragédia.
Também
a segurança em lugares públicos e não só, se vai tornando cada vez mais frágil
e desaparece na barafunda das multidões que enchem ruas ou no deserto em que se tornam a horas mortas, deixando desprotegidas, entregues à sua fraqueza, os
que se tornam alvos predeterminados ou casuais dos que se entregam à prática de
actos anti-sociais cada vez mais frequentes e violentos.
Um
direito que é de todos o maior, o direito à segurança e à vida, está cada vez
mais comprometido por preconceitos que protegem outros direitos, nem sempre
dignos de serem respeitados.
É o momento de encarar definitivamente esta questão de prioridade entre o direito
à privacidade individual e à segurança colectiva, como o demonstram os cada vez
mais frequentes actos de terrorismo já perpetrados, que mataram e estropiaram
tanta gente inocente, para além de outros mais que a prevenção fez abortar.
Por
tudo isso estou do lado de quem defenda o bem comum, ainda que tal custe
prescindir daquela parte da intimidade que de pouco ou nada serve numa vida comum, mas
beneficia os que dela se servem para planear como atentar contra ela.
Sem comentários:
Enviar um comentário