Miguel Relvas fez o que dizem que
fez, ou não fez? Obviamente, não sei! Mas só a hipótese me deixa os cabelos em
pé, tanto pela gravidade do que dizem que fez como pelo disparate crasso que
será se o tiver feito.
Uma redacção de jornal diz que
Relvas pretendeu controlar a acção de uma jornalista da qual terá ameaçado
publicar factos da sua vida privada se não correspondesse à sua pressão para
não publicação de algo sobre o caso das “secretas”. Foi qualquer coisa assim…
Ora, começando a desbobinar este
enredo que, muito oportunamente, dá a entender ter Relvas conhecimento de
eventuais “podres” da jornalista, depois de ser acusado de receber “informação
classificada” à qual diz não ter dado importância, parece particularmente
conveniente para quem o queira acusar, assim como seria demasiadamente ingénuo da
parte dele insinuar que a tinha, porque quem anda há já tanto tempo na política
tem de saber que tal seria fatal.
Alguma coisa se terá passado,
seja ela o que for. Com certeza. Mas a história só pode estar mal contada por
uma das partes, pela outra ou por ambas. O que me não espanta neste país onde a
política se tornou negócio de comadres zangadas, mesmo quando são daquelas que tentam
manter uma compostura que pode nem vir do berço.
Seja como for, bom será se tudo
se esclarecer rapidamente e que, depois disso, ministro, jornalista, conselho
de redacção ou seja quem for proceda em conformidade com o que os cidadãos
deste país têm direito. Não digo de acordo com as suas consciências porque esta
história de mexericos não garante, necessariamente, que elas tenham qualquer
respeito por nós.
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