As
preocupações que, pelos seus efeitos cada vez mais evidentes, nos causam as alterações
climáticas que, está comprovado, a acção do Homem tem acelerado, fazem-nos
perder de vista outras consequências não menos graves da actividade humana no
Ambiente.
Para
além do solo, da água e do ar, cada vez mais poluídos e, assim, tornando o Ambiente cada vez mais desfavorável para a vida humana, também o Espaço é motivo
de preocupação pelo lixo nele acumulado desde que, em 1957, para lá foi enviado o primeiro satélite, o Sputnik I que, na altura, a uns causou admiração,
a outros incredibilidade e, a outros ainda, preocupação.
Era o começo de uma nova era de efeitos desconhecidos mas temíveis pela utilização bélica que faria de um só confronto, porventura o último de todos.
Felizmente e pelo que se possa saber, a "guerra das estrelas" não aconteceu ainda, mas nada a afastou definitivamente.
Era o começo de uma nova era de efeitos desconhecidos mas temíveis pela utilização bélica que faria de um só confronto, porventura o último de todos.
Felizmente e pelo que se possa saber, a "guerra das estrelas" não aconteceu ainda, mas nada a afastou definitivamente.
Após
milhares de lançamentos, ao longo de mais de cinquenta anos, o
Espaço transformou-se num autêntico caixote do lixo que é muito difícil de
despejar.
Aos
poucos e enquanto se pensava que não seria muito difícil ir limpando os detritos
que por ali vão sendo deixados, foram-se acumulando enormes quantidades de
objectos inúteis e perigosos, criando uma situação de elevada periculosidade,
mesmo dramática, como já o admitiu a Agência Espacial Europeia (ESA).
É
uma questão que preocupa a Conferência sobre Lixo Espacial desde há diversos
anos, a qual contabiliza em mais de trinta mil objectos com dimensões
superiores a 10cm que se deslocam a mais de 25.000 km/hora, sendo que os de
dimensões inferiores são já da ordem dos duzentos mil! Números que, naturalmente, tendem a crescer.
As
colisões espaciais são cada vez mais prováveis de acontecer, delas podendo
resultar danos diversos, desde a destruição de satélites importantes das redes
de observação ou de comunicações, senão, mesmo, más interpretações que podem
levar à suspeição de ataques, com consequências inimagináveis.