ACORDO ORTOGRÁFICO

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quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

UMA CAMPANHA VAZIA



A campanha eleitoral para a presidência da República não tem sido muito interessante e, a menos aquele público que julga ter o Presidente poderes que, de facto, não tem ou que pode fazer o que não pode, são poucos aqueles em que desperta muita atenção.
Será porque os candidatos não têm qualidade, como alguém já afirmou ou, como eu disse num outro texto que escrevi, será, sobretudo, porque neste “semi” sistema político em que vivemos o papel do Presidente da República pouco passa de verbo de encher a que nem a “bomba atómica” que lhe permite dissolver a Assembleia da República dá grande poder?
Que poderia esperar-se de muito especial nos discursos dos numerosos candidatos que, desta vez, se julgam os melhores para livrar este país dos danos causados pelas incompetências que o gerem, de preocupantes perspectivas de um futuro difícil, da total incompreensão de uma realidade em que a economia da abastança é uma utopia irrealizável, sem as mínimas condições para o fazer?
Não haverá, por isso, muito para dizer sobre uma corrida sem linha de partida e com a meta no desejado Palácio de Belém, sobre discursos vazios de conteúdo, sobre esta desobriga constitucional de preencher um lugar feito para quase nada.
E se mesmo esse pouco que, apesar de tudo, pode ser importante, não for sabiamente aproveitado, como o não tem sido e, em vez disso, se tornar na muleta do governo como os apoios partidários aos concorrentes pretendem que seja e algumas vezes já foi, jamais entenderei o por que desta maçada de ir votar mais uma vez!
Mas irei.
Não será agora que interromperei o cumprimento de um dever cívico que iniciei bem antes do 25 de Abril, quando, pelo papel que levávamos na mão se sabia no que iríamos votar, o que a maioria dos vanguardistas de agora não fez!

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