ACORDO ORTOGRÁFICO

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sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

FELIZ ANO NOVO



Quando uns dizem que 2016 poderá ser um ano trágico (Loureiro dos Santos), alguém afirma que uma percentagem considerável de líderes mundiais está louca (Barak Obama) e outros se preocupam com a saúde das democracias nacionais neste ano que chegou (António Vitorino), é com a mais profunda sinceridade que a todos desejo saúde, muitas venturas, sucessos sem fim, paz e amor neste ano novo que chegou e, do fundo do coração, lhes envio os meus mais sentidos votos de um futuro feliz, como se as badaladas da meia noite tivessem sido o ranger de uma pesada porta que se fecha sobre o pouco amado ano que findou, para que, assim e para sempre, fique trancado, esquecido na cela escura e bafienta onde merecem passar seus dias os que trouxeram dor às nossas vidas.
Lamento que não seja esta a realidade e que o futuro tampouco dependa destes votos que uns aos outros vamos fazendo, ou até dos esforços a que cada um de nós se possa entregar, porque por outras razões acontece, por outras vontades é controlado e por outros propósitos moldado.
E vamos vivendo, ano após ano, nesta ilusão de poder e de liberdade até que algo mais forte lhe ponha um fim como, por certo, lho porá a Natureza que não suportará muitas mais imbecilidades desta “pérola da criação” que é o idiota que se julga dono daquilo sem o que não existe e, por isso, não passa do ídolo com pés de barro de quem se pode ter medo mas se não respeita, porque a si próprio o não faz!
De nada adiantam as ilusões que alimentamos, as drogas em cujos delírios procuramos a felicidade que sem elas não sentimos, os mitos em que diluímos as nossa preocupações, as multidões em que queremos perder-nos para passar despercebidos de uma realidade dura que, apesar disso, sempre nos encontrará!
Será preciso muito mais do que até os mais esclarecidos afirmam ser preciso e, sobretudo, dizer não a esta loucura em que vivemos se quisermos evitar as tragédias que uns temem, as consequências das loucuras que outros dizem estar possuída a maioria dos dirigentes mundiais se quisermos, finalmente, viver numa sociedade sã e justa como não há democracia que produza se, em vez de razão, continuar a ser a ilusão que é agora.
Por tudo isto, o meu voto mais sentido é que a Humanidade encontre, a tempo, o caminho que a afaste do precipício do qual, a passos cada vez mais rápidos, se aproxima.

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