Gostava
de ser um daqueles magos que conseguem retirar dos resultados eleitorais certas
conclusões que, por mais que me esforce, não consigo entender o seu por que! E
a noite de ontem foi fértil demais em coisas assim.
Saltando
de canal em canal para não perder nenhuma dessas deduções fantásticas só ao
alcance de mentes especiais, consegui entender que Marcelo ganhou as eleições
e que será o novo Presidente da República e pouco mais do que isso porque por umas razões ganhou
o Nóvoa e, por outras, foi Marisa a grande vencedora.
O
resultado alcançado pelo candidato comunista terá sido uma desgraça, tal que
obrigou Jerónimo, depois de umas explicações mal conseguidas pelo candidato, a
debitar uma cassete inteirinha! O que talvez não tenha valido de grande coisa
porque me parece que já pouco, a não ser o divórcio, poderá salvar o PCP das nefastas consequências do
mau “casamento” que fez.
Depois
eram os outros, começando por Maria de Belém que, se a campanha demorasse mais
tempo talvez dela se tivessem esquecido, até aos que não terão tido mais votos
do que as assinaturas que conseguiram para poder concorrer. Se tantos!
Mas
acho injusto que se não fale no Tino de Rans e se lhe não reconheça o mérito
que teve. Um autêntico homem do Norte que até poderia nem saber muito bem o que
faria em Belém se fosse eleito, mas que apenas no Sul não conseguiu os votos
que dele fariam a surpresa maior destas eleições. Mas teve bastantes votos, por
certo de quem, tal como ele, também não soubesse muito bem o que o Presidente faz ou não faz.
Em
resumo, Marcelo será o próximo Presidente. Disso parece não terem ficado
dúvidas, apesar da azia que, muitos dos que por ali andaram a dizer coisas, não
conseguiam disfarçar.
Nóvoa
ganhou. Não sei bem o que, mas ganhou. À Maria de Belém ganhou com certeza.
A
Marisa foi, sem dúvida, a menina do momento porque conseguiu mostrar ao PS que
terá de andar na linha e ao PCP que ou se cuida ou terá de procurar outro
brinquedo. Mas isso já está a ser tratado…
No
meio de tanta coisa que foi dita, curiosamente Costa também ganhou, apesar de
os seus candidatos terem perdido.
Esta
é mais difícil de explicar, mas o homem consegue sempre ganhar e, mesmo quando
perde eleições, ser o vencedor!
Alguma
razão haverá que o justifique e, quem sabe, talvez ele consiga demonstrar que,
aos inimigos, o melhor é tê-los por perto para não perder de vista o que fazem…
Eu já penso que sim porque mais depressa se fica a saber a tareia que que nos vão dar se não fugirmos deles.
Sem
dúvida, entrámos num novo ciclo, a ideia que Nóvoa não parece ter conseguido
fazer passar.
Talvez
porque o ciclo seja outro que não aquele de que falava.
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