ACORDO ORTOGRÁFICO

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sexta-feira, 4 de novembro de 2011

ACABAR COM AS EMISSÕES EM ONDA CURTA! UM CORTE CEGO?



Acabo e ouvir um programa na Antena 1 designado “em nome do ouvinte”, no qual se falou de, por motivos de austeridade, serem anuladas as emissões em onda curta que levam a rádio nacional a todo o mundo.
Comecei por não entender muito bem que, perante a dimensão da diáspora portuguesa e dos países de língua portuguesa por esse mundo fora, se deixasse de levar, até eles, a palavra de Portugal. Mas as palavras do Sr Ministro Miguel Relvas, também transmitidas, foram premptórias nas afirmações de que era usada tecnologia obsoleta, de que os custos eram demasiado elevados para um serviço que parecia não ter destino porque três meses de total paragem de tais emissões para todo o mundo não tinham dado lugar a reclamações. Seriam estas razões bastantes para a decisão tomada. Mais acrescentou, ainda, o ministro, que até a rádio alemã, a Deutch Wella, teria seguido idêntico critério. Se uma rádio desta importância o faz, porque não fazê-lo também?
Desmentidas todas as afirmações do Sr ministro, porque a tecnologia utilizada é da mais atual, porque os custos da onda curta são muito baixos em relação aos custos da rádio nacional, porque não teve lugar qualquer corte total nas emissões mas apenas um problema que havia deixado sem audição uma área bastante restrita e, até, que a Deutch Wella mantém as suas transmissões de onda curta para África e com emissões em português, fiquei a pensar que quem informou o Sr ministro é altamente incompetente, pois não acredito que um ministro tivesse o arrojo de dizer o que disse sabendo não ser verdade. Penso eu...
Em todo o caso, uma questão continua independente de todas as demais e foi o motivo do meu primeiro e grande espanto pela notícia. Entende o Sr Ministro que Portugal de pode dar ao luxo de cortar uma relação importantíssima com os falantes de português em todo o mundo, sejam emigrantes ou nacionais dos PALOP? Porque, mesmo que verdadeiras fossem todas as informações que recebeu, não questionou este importantíssimo aspecto que tem a ver com o lugar de Portugal no mundo e nada tem a ver com a rádio alemã à qual este problema nem sequer se coloca?
Fará o Sr ministro ideia dos números dos falantes de português e de alemão em todo o mundo?
Estranho, muito estranho. Cortar sim mas com inteligência!

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