ACORDO ORTOGRÁFICO

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segunda-feira, 31 de outubro de 2011

TODOS NÃO SERÍAMOS DEMAIS! MAS OS DISPONÍVEIS SÃO TÃO POUCOS...

Sei bem como muitos políticos colocam os seus interesses pessoais acima de tudo, até do próprio país que juraram defender! Sei eu e sabe muita gente. Os outros andarão distraídos.
Nesta hora de emergência nacional a que tantos descuidos, erros e interesses pessoais conduziram, seria natural pensar, que “todos não somos demais” para recuperar Portugal.
Em vez disso, porém, aprofundam-se as divergências que existam enquanto outras se inventam, recrudescem as acusações de culpas que nada acrescentam à solução, em suma, expande-se a estupidez que nos não deixa sair da cepa torta!
Mais importante do que lutar por Portugal será fazer de conta que os problemas não existem, que os “buracos” orçamentais são uma miragem e, fazer crer que quem procura sanar os males, com dor é certo, é o culpado das desgraças que nos atingem? Seria como que culpar o médico da doença que temos.
Em 2012 teremos o OE mais duro das nossas vidas. É um orçamento que nos vai recordar como os excessos se pagam caro. Será com muito sacrifício que vamos ultrapassar este tempo de sacrifícios e que, por mais que contra eles nos rebelemos, não há modo de os evitar. Tudo o que fizermos para dificultar a sua execução, seremos nós quem terá de suportar consequências difíceis de prever.
São muitos os que dizem que não é assim que se recupera Portugal, os que resumem em frases feitas e estafadas o que se deveria fazer mas que, na realidade, não esclarecem, com propostas concretas, o caminho da recuperação.
Admito que as soluções encontradas não sejam as únicas possíveis, mas estas ou outras que não serão menos difíceis de suportar são a saída possível de uma situação em que, sem dinheiro, apenas a renúncia a tantos luxos e excessos a que nos entregámos pode gerar os meios de que necessitamos para pagar os empréstimos que nos façam e sem os quais não conseguiríamos viver.
Veremos como vai decorrer a discussão do OE na Assembleia da República. A serem verdadeiros os rumores de que, por influência de Sócrates, o PS poderá votar contra o Orçamento de austeridade que tem em conta o acordo que o próprio PS fez com a Troika e mais uns quantos “buracos” que aqui e ali foram aparecendo, estaremos perante uma atitude anti-patriótica que deve merecer a repulsa de todos os portugueses conscientes.
Infelizmente, porém, não me iludo com o patriotismo de uma geração excessivamente egoísta que, por comodismo, se deixa convencer por uns quantos que dizem defender os seus interesses sem, contudo, disso alguma vez terem dado provas. Patranhas intoxicantes que, sem dúvida, darão lugar a uma dolorosa ressaca.

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