ACORDO ORTOGRÁFICO

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quarta-feira, 12 de outubro de 2011

O ERRO DO SOCIALISMO

Tudo tem o seu custo, mais alto ou mais baixo. É uma outra forma de dizer que não há almoço de graça, uma expressão que anda na boca dos economistas que tantas vezes, por certas decisões que tomam, parecem esquecer-se dela.
Por isso, podemos colocar na Constituição o que quisermos, que a assistência na doença é tendencialmente gratuita, que a educação também o será, que todos têm direito a uma habitação digna e ao trabalho, mais isto e mais aquilo, seja o que for, porque se não houver quem pague os respectivos custos acabará por não se ter nada ou ser cada um a pagar por aquilo de que necessite.
Por mais que o socialismo espere que um “maná” caia do céu para satisfazer as necessidades de todos mesmo as dos que para isso não se esforçam, que se não pode despedir e se deve continuar a pagar o salário a trabalhadores mesmo que não trabalhem, que as crises sempre são culpa dos outros, que reduzir os direitos que a Constituição consagra mesmo que não haja meios financeiros para os garantir é atentar contra o Estado Social, pense o socialismo o que pensar, a verdade é que a realidade, dura e implacável, acaba sempre por mostrar que quando se ultrapassa o que é razoável, vale o ditado que diz “quem tudo quer, tudo perde”! E não é a primeira vez que Portugal sente isso na pele.
É este o erro do socialismo que, talvez por isso, nunca existiu em lado algum porque não conseguiu erradicar a pobreza ou satisfazer as necessidades mais elementares de um povo nem consegue, sequer, ser a miragem que é, senão como “parasita” do capitalismo que, está à vista de todos, também ele se meteu num beco do qual talvez não seja capaz de sair incólume.
O erro do socialismo foi, pois, não ser capaz de criar as condições necessárias à sua própria existência.
Até no modo como Marx o concebeu, foi o capitalismo a sua razão de ser que, por isso, nunca deixou de ser o “pecado original” que o socialismo nunca arranjou modo de esconjurar.
Por isso não houve socialismo na União Soviética, na Polónia, na Hungria, na Bulgária, na Alemanha de Leste ou sei lá onde, como não há na China ou na Coreia do Norte, seja onde for.

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